Os povos indígenas Suruí Paiter e os Cintas-Largas, localizados entre Rondônia e Mato Grosso, desenvolveram uma criptomoeda que será lançada nesta quarta-feira (11). O propósito do criptoativo é proporcionar uma renda para uma comunidade de 4 mil pessoas, que está sem auxílio do governo e lutando contra o garimpo ilegal, pandemia da covid-19 e grileiros da região.

Chamada de OYX, o ativo digital deve garantir uma segurança alimentar e integração das aldeias, além de possibilitar o desenvolvimento de outros projetos na região. Os povos vão investir em plataformas que permitam a venda de artesanato e criação de trabalhos para a população.

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“Na nossa aldeia, ninguém é assalariado”, conta Elias Oyxabaten Surui, uma das vozes da comunidade e idealizador do projeto. “Todos têm condições precárias de vida. Pelo governo, a gente não tem direito a nada. Pelo contrário: limitam os nossos povos e a nossa produção. Durante a pandemia, sofremos muito”.