Conseguir votar em algum candidato nas eleições deste domingo (15) não é uma tarefa simples para todos os brasileiros, que em muitos casos vivem longe de suas seções eleitorais. No caso dos indígenas, que contam com um esquema bem complicado para exercer o direito ao voto e participar do rito democrático, isso é ainda mais difícil.

Ontem (14), índios das Aldeias Tuba e Sobradinho, na região do Xingu, percorreram, de barco, mais de 4 horas até o Centro de Marcelândia, a 712 km de Cuiabá, para conseguirem urnas e materiais necessários para a votação.

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Segundo o Ig, a seção 279 da Aldeia Sobradinho conta com 107 eleitores indígenas, de 11 aldeias, e na seção 278 da Aldeia Tuba Tuba votam 186 eleitores, de 9 aldeias. A Justiça Eleitoral fornece apoio logístico desde 2019, quando foram criadas as seções. Somente em Mato Grosso, mais de 13 mil índios devem votar nessas eleições, cerca de 0,6% do total de votantes aptos no estado.

No caso da aldeia de Kaxinawá de Nova Olinda, no Alto Rio Envira, município de Feijó (AC), o Ministério da Defesa fez o transporte das urnas com helicópteros.