O dólar subiu ante rivais nesta quarta-feira, 19, e o índice DXY, que mede a variação da moeda americana ante uma cesta de divisas fortes, atingiu a máxima desde 2017, com coronavírus e economia dos Estados Unidos no radar.

No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 111,29 ienes, o euro avançava a US$ 1,0810 e a libra recuava a US$ 1,2926. O índice DXY registrou alta de 0,27%, a 99,705 pontos, no maior nível desde maio de 2017.

O dólar ampliou a força durante a tarde, após a divulgação da ata da mais recente reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). No documento, os dirigentes da instituição disseram esperar que a inflação suba para perto da meta de 2% nos próximos meses.

Segundo o analista sênior de mercado Joe Manimbo, do Western Union, “dados construtivos dos EUA validaram a recuperação do dólar para novas máximas”. Hoje, foi divulgada uma queda menor do que esperada das construções de moradias iniciadas nos EUA em janeiro.

De acordo com Manimbo, “o iene caiu para mínimos em nove meses, com as altas no mercado acionário atenuando a demanda por apostas mais seguras”. “As preocupações com as consequências econômicas globais do coronavírus estão sendo ofuscadas hoje pelas expectativas de estímulos monetários de Pequim para sair da crise”, comenta Manimbo.

Hoje, também houve certo otimismo dos investidores com a diminuição do número de novos casos de coronavírus na China, ainda que o número de mortes em decorrência do surto já tenha passado de dois mil no país asiático.

Ante moedas emergentes e ligadas a commodities, o dólar recuava a 18,5875 pesos mexicanos, a 14,0057 rands sul-africanos, mas subia a 61,6639 pesos argentinos, no fim da tarde em Nova York. Após o fechamento, o Banco Central da República Argentina (BCRA) anunciou a redução do limite inferior para sua taxa de juros de referência e o Fundo Monetário Internacional (FMI) comentou sobre a dívida do país, qualificando-a como “insustentável”.