O Índice de Adequação de Estoques (IE) do comércio paulistano de outubro recuou 1,0% em relação a setembro, de 113,4 para 112,3 pontos, informou a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Em setembro, o IE havia avançado 1,2% ante agosto.

A contração foi puxada pela queda da proporção de empresários que considera adequada a sua situação de estoques, de 56,2% em setembro para 55,6% em outubro. O total dos respondentes que avaliam ter mais estoques do que o necessário ficou praticamente estável, de 30,5% para 30,4%, mas a taxa dos que consideram seus estoques abaixo do ideal subiu de 12,4% para 13,1%.

A queda de outubro interrompeu a sequência de quatro altas consecutivas, mas o indicador segue em patamar superior a agosto (112,1 pontos). Na comparação com igual mês de 2020, o IE teve avanço de 7,6%.

Porte

O recuo do IE em outubro foi puxado pela queda de 15,5% do índice das grandes empresas. Neste porte, a proporção de empresários que considera sua situação de estoques adequada caiu de 62,9% para 53,1%. A razão dos que avaliam ter estoques inadequados avançou de 37,1% para 46,9%. Na abertura, a percepção de estoques acima do necessário subiu de 22,6% para 28,1%, enquanto a avaliação de estoques abaixo do adequado passou de 14,5% para 18,8%.

Entre as empresas de pequeno porte, o IE contraiu 0,7% na margem em outubro, influenciado pela queda da percepção de estoques adequados (56,1% para 55,7%). A razão dos empresários que considera ter estoques inadequados subiu de 43,0% em setembro para 43,4% em outubro, puxada por aumento da percepção de estoques abaixo do necessário (12,4% para 13,0%), mas com leve recuo entre os que avaliam ter estoques acima do adequado (30,7% para 30,5%).

Categorias

O IE das empresas de bens duráveis caiu 3,7% na margem, com recuo de 58,6% para 56,3% da proporção de empresários que considera ter estoques adequados. A razão dos empresários que consideram seus estoques inadequados avançou de 41,2% para 43,3%, com alta tanto dos que julgam ter estoques acima (31,4% para 32,2%) quanto abaixo (9,8% para 11,1%) do nível ótimo.

Entre as empresas de bens não duráveis, o IE teve retração de 2,6%. A razão dos empresários do setor que vê sua situação como adequada caiu de 63,0% para 61,5%, enquanto os que consideram ter estoques inadequados subiram de 36,4% para 38,2%. O movimento foi puxado pelo aumento da percepção de estoques abaixo do nível adequado (8,6% para 10,7%), com leve redução dos que consideram ter estoques acima do ideal (27,8% para 27,5%).

O IE das empresas de bens semiduráveis registrou expansão de 5,1%. A proporção de empresários que considera ter estoques adequados cresceu de 44,4% para 46,6% no período, enquanto a percepção de situação inadequada caiu de 53,4% para 51,1%. Nas aberturas, a proporção dos respondentes que considera ter estoques acima do ideal caiu de 31,2% para 30,5%, e a dos que julgam ter estoques abaixo do adequado diminuiu de 22,2% para 20,7%.