O Indicador de Incerteza da Economia Brasileira (IIE-Br) subiu 0,5 ponto na passagem de dezembro para janeiro, alcançando 112,9 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o resultado, o indicador persiste na região de incerteza elevada (acima de 110 pontos).

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“A ligeira alta da incerteza em janeiro foi inteiramente motivada pelo aumento da dispersão das previsões de especialistas para variáveis econômicas brasileiras. O segundo componente do indicador, que mede a incidência de termos relacionados à incerteza na mídia, recuou um pouco no mês, mas continua em patamar elevado. Ainda preocupa o ambiente político interno e, no front externo, o clima continua tenso, desta vez principalmente em função da ameaça de conflito bélico entre Estados Unidos e Irã”, avaliou Aloisio Campelo Júnior, superintendente de Estatísticas Públicas do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

O IIE-Br contém dois componentes: o IIE-Br Mídia, que faz o mapeamento nos principais jornais da frequência de notícias com menção à incerteza; e o IIE-Br Expectativa, que é construído a partir das dispersões das previsões para a taxa de câmbio e para o IPCA.

Em janeiro, o componente de Mídia caiu 0,8 ponto, para 111,6 pontos, contribuindo em -0,7 ponto para o comportamento do índice geral no mês. Já o componente de Expectativa subiu 5,4 pontos, para 112,5 pontos, com impacto de 1,2 ponto para a alta da incerteza.

Apesar de o componente de mídia ter maior peso no cálculo do IIE-Br (80%), o ano de 2020 começa com o indicador sendo majoritariamente determinado pela maior dispersão nas previsões econômicas de especialistas, ressaltou a FGV.

A coleta do Indicador de Incerteza da Economia Brasileira é realizada entre o dia 26 do mês anterior ao dia 24 do mês de referência.