O Indicador Antecedente Composto da Economia Brasileira (IACE) se recuperou marginalmente em maio, com aumento de 1,0%, para 94,7 pontos, após uma queda de quase 17% em abril – a maior da série histórica iniciada em 1996 -, informaram a Fundação Getulio Vargas (FGV) e The Conference Board.

Apesar da leve alta no mês passado, motivada principalmente pela melhora nas expectativas dos consumidores, do setor de serviços e da indústria, o indicador ainda acumula retração de 20,2% nos últimos seis meses.

Já o Indicador Coincidente Composto da Economia Brasileira (ICCE), que mede as condições atuais da economia, teve a maior retração da série histórica, com queda de 9,4% em maio, para 90,0 pontos, o que é consistente com um ciclo econômico significativamente contracionista, diz o economista do Ibre/FGV Paulo Picchetti.

“O IACE subiu ligeiramente como reflexo das expectativas em relação à gradual reabertura econômica, mas deve ser considerado que a base de comparação é extremamente baixa. Analisados conjuntamente, os indicadores ainda sugerem um alto grau de incerteza sobre as perspectivas de recuperação econômica nos próximos meses”, avalia o economista.