O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) recuou 0,2 ponto agosto ante junho, para 98,2 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) na manhã desta quarta-feira, dia 6.

“O índice antecedente mostra estabilidade nos últimos meses em torno de um nível bastante elevado, que indica uma tendência de contratação ao longo dos próximos meses. A pequena variação negativa de 0,4 na média trimestral reflete acomodação do índice e não uma tendência de recuo do emprego. O emprego deve continuar aumentando ao longo dos próximos meses refletindo o IAEmp, que se encontra próximo do pico da série histórica”, afirmou Fernando de Holanda Barbosa Filho, Economista da Ibre/FGV.

Já o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) subiu 0,8 ponto em agosto ante junho, segunda alta consecutiva do ano, atingindo o patamar de 98,1 pontos. O ICD subiu pela primeira vez em julho após seis quedas consecutivas.

Apesar da redução observada no desemprego, o ICD continua em nível elevado mostrando a situação complicada do mercado de trabalho doméstico com mais de 13 milhões de desempregados. O elevado nível do ICD reflete a dificuldade do consumidor em se recolocar no mercado do trabalho nos últimos meses. Entretanto, com a melhora do nível de atividade, a tendência dos próximos meses deve ser de redução do índice”, explica Barbosa Filho.

Quatro dos sete componentes do IAEmp variaram negativamente em agosto. As maiores contribuições para a queda foram dadas pelos indicadores que medem a expectativa com relação à facilidade de se conseguir emprego nos seis meses seguintes, da Sondagem do Consumidor, e o ímpeto de contratações nos três meses seguintes, na Sondagem de Serviços, com variação de -5,6 e -2,6 pontos, na margem, respectivamente.

A classe que mais contribuiu para a alta do ICD foi a do grupo de consumidores que auferem renda familiar mensal entre R$ 4.800,00 e R$ 9.600,00, cujo Indicador de percepção de dificuldade de se conseguir emprego recuou 1,6 ponto.