O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) subiu 1,5 ponto na passagem de novembro para dezembro, para 89,9 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta terça-feira, 7. Em médias móveis trimestrais, o indicador avançou 0,9 ponto.

“O IAEmp encerra 2019 em trajetória positiva. Depois de passar por alguns meses sem mostrar uma reação clara, o indicador sugere que as expectativas para o mercado de trabalho se tornaram mais favoráveis no último trimestre. Contudo, o patamar ainda baixo do indicador mostra que há um longo caminho pela frente e que o cenário de recuperação gradual se mantém para o início de 2020”, avaliou Rodolpho Tobler, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) caiu 0,8 ponto em dezembro ante novembro, para 95,3 pontos. Em médias móveis trimestrais, porém, o indicador subiu 0,8 ponto.

“A queda do ICD no mês não foi suficiente para recuperar a alta de novembro. Apesar disso, o resultado positivo de dezembro mantém a expectativa de redução lenta e gradual da taxa de desemprego nos próximos meses”, completou Rodolpho Tobler.

O ICD é um indicador com sinal semelhante ao da taxa de desemprego, ou seja, quanto menor o número, melhor o resultado. Já o IAEmp sugere expectativa de geração de vagas adiante, quanto maior o patamar, mais satisfatório o resultado.

O ICD é construído a partir dos dados desagregados, em quatro classes de renda familiar, da pergunta da Sondagem do Consumidor que procura captar a percepção sobre a situação presente do mercado de trabalho. O IAEmp é formado por uma combinação de séries extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor, todas apuradas pela FGV. O objetivo é antecipar os rumos do mercado de trabalho no País.

No IAEmp, quatro dos sete componentes contribuíram positivamente para o resultado de dezembro, com destaque para a Situação Atual dos Negócios no setor de Serviços, que subiu 5,0 pontos.

No ICD, o resultado foi influenciado por três das quatro classes de renda familiar, com exceção das famílias que recebem entre R$ 4.800.00 e R$ 9.600.00 mensais.