O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) recuou 1,9 ponto em março ante fevereiro, para 107,7 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta terça-feira, 10. Apesar da queda, o indicador apurado em médias móveis trimestrais manteve a tendência ascendente, com avanço de 0,2 ponto, ressaltou a FGV.

“O índice antecedente de emprego mostra-se em um nível bastante elevado refletindo uma grande confiança quanto à retomada da economia e, com isso, uma contratação mais forte ao longo dos próximos meses”, avaliou o economista Fernando de Holanda Barbosa Filho, do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

Já o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) diminuiu 0,9 ponto em março ante fevereiro, para 96,2 pontos, o menor nível desde agosto de 2016, quando estava em 95,8 pontos. “O índice mostra que houve uma percepção de melhora nas condições de emprego principalmente para os consumidores de renda mais elevada. No entanto, o ICD reflete uma situação ainda bastante difícil no mercado de trabalho, apesar da melhora gradual observada nos últimos meses”, completou Barbosa Filho.

O ICD é construído a partir dos dados desagregados, em quatro classes de renda familiar, da pergunta da Sondagem do Consumidor que procura captar a percepção sobre a situação presente do mercado de trabalho. Já o IAEmp é formado por uma combinação de séries extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor, todas apuradas pela FGV. O objetivo é antecipar os rumos do mercado de trabalho no País.

No IAEmp, cinco dos sete componentes registraram redução em março, com destaque para o item que mede a situação atual dos negócios da Indústria de Transformação, com queda de 10,2 pontos em março ante fevereiro.

No ICD, a redução de março teve influência dos consumidores com renda familiar mensal entre R$ 4.100,00 e R$ 9.600,00 (-1,6 ponto) e daqueles que ganham acima de R$ 9.600,00 (-2,1 pontos).