Por Rajendra Jadhav

MUMBAI (Reuters) – As usinas da Índia precisam exportar de 6 milhões a 7 milhões de toneladas de açúcar sem incentivos do governo em 2021/22 para reduzir os estoques e garantir que os preços domésticos permaneçam firmes apesar do excedente de produção, disse um funcionário do governo.

As exportações de açúcar pelo segundo maior produtor mundial podem limitar os preços globais, que atingiram uma máxima de quatro anos e meio este mês, diante de expectativas de que a oferta do maior produtor, o Brasil, diminuirá como resultado de secas e geadas.

“As usinas de açúcar devem se beneficiar dos altos preços internacionais e da quantidade máxima de exportação”, disse Subodh Kumar Singh, secretário adjunto do Departamento de Alimentos e Distribuição Pública, em um webinar nesta terça-feira.

Depois de embarcar um recorde de 7,2 milhões de toneladas de açúcar na temporada anterior, as usinas indianas já assinaram contratos para exportar 1,8 milhão de toneladas no ano de comercialização de 2021/2022, a partir de 1º de outubro, disse ele.

Afeganistão e Sri Lanka estão entre os principais compradores, mas a demanda de ambos foi restringida por fatores locais, e as usinas precisam encontrar novos mercados que dependam do Brasil, disse Singh.

Os preços globais do açúcar bruto precisam subir acima de 20 centavos de dólar por libra-peso para garantir que a Índia exporte de 5 a 6 milhões de toneladas no ano em curso, já que o governo não está fornecendo subsídios, disse na webinar o analista da Marex Spectron, Robin Shaw.

Nova Délhi interrompeu um subsídio de exportação em vigor nos últimos três anos.

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