A Índia apreendeu 725 milhões de dólares das contas bancárias locais da Xiaomi depois que uma investigação revelou que o grupo chinês enviou ilegalmente dinheiro para o exterior sob o pretexto de pagamento de royalties, anunciaram as autoridades neste sábado.

“Esta grande quantia em nome de royalties foi enviada por instruções das entidades de matriz chinesas do grupo”, afirmou a Direção de Execução da Índia em um comunicado.

+ Guerra dos smartphones: Xiaomi lança vedete no Brasil e coloca Apple em alerta
+ Resultados da Xiaomi superam estimativas com crescimento de receitas

A Xiaomi não respondeu ao pedido de comentários da AFP.

As autoridades fizeram uma operação de busca e apreensão na sede da empresa na Índia em dezembro por outra investigação, uma suposta sonegação do imposto de renda.

As relações entre China e Índia passam por uma crise desde o confronto letal na fronteira do Himalaia entre soldados dos dois países em 2020.

Como consequência, o ministério do Interior indiano proibiu o uso de centenas de aplicativos de origem chinesa, incluindo o muito popular Tiktok.

O governo alegou que os aplicativos colocavam em risco a soberania nacional da Índia.