Restando pouco mais de 20 dias para o fim do ano, o carioca ainda não sabe se terá a festa de Réveillon do Rio de Janeiro, uma das maiores do mundo. A nova variante Ômicron do coronavírus ameaça a comemoração e criou um cenário de indefinição política com o prefeito Eduardo Paes (PSD) e o governador Cláudio Castro (PL).

Paes anunciou, no último fim de semana, que a festa estava cancelada, mas voltou atrás após reunião com Castro na última segunda-feira (6): a ideia seria manter ao menos a queima de fogos em Copacabana e em outros pontos da cidade.

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Segundo Castro, uma reunião do comitê de saúde do estado vazou, o que teria motivado Paes a cancelar o Réveillon de forma pública. No entanto, após a reunião, os chefes do executivo do estado e da capital iriam consultar suas equipes para obter uma avaliação sobre a realização da festa.

O Réveillon ainda não foi definido, mas os shows e apresentações musicais já foram descartados para derrubar a expectativa inicial de reunir 3 milhões de pessoas, mais da metade apenas em Copacabana. A ideia inicial era contar com dez palcos e atrações internacionais.

Contudo, em transmissão ao vivo no Instagram nesta terça (7), Paes admitiu a possibilidade do uso de música no evento, embora não ao vivo. Em relação à queima de fogos de artifício ainda há indefinição – Castro e Paes defendem o espetáculo, embora não queiram incentivar aglomerações.

Castro declarou, em almoço com empresários na Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), que é possível “ter a queima de fogos sem festas e com redução significativa do número de pessoas”. Porém, ainda não foi definido com isso será feito. Em 2020, houve bloqueio na praia de Copacabana para limitar o público.

Outro ponto em discussão é um esquema especial de transporte público nos dias 31 de dezembro e 1 de janeiro, o que pode ser prejudicado pela proibição de estacionar na orla de Copacabana.

A única certeza é que haverá festas fechadas de final de ano, com Paes incentivando o turismo na capital fluminense. “A cidade está aberta, os restaurantes estão abertos, a praia está aberta. Está tudo aberto, e o Rio é o melhor lugar para se passar o Réveillon”, declarou Paes na transmissão ao vivo.

Pelo menos 23 capitais brasileiras, além do Distrito Federal, já cancelaram as festas de final de ano.

Mesmo se for aprovada para uma quantidade menor de pessoas, é essencial tomar todos os cuidados para evitar a infecção pela nova cepa do coronavírus: distanciamento social, uso correto de máscaras (em especial a PFF2), higienização das mãos e o principal: estar em dia com a vacinação.