Os números preliminares divulgados pelas construtoras e incorporadoras referentes ao segundo trimestre mostram bons resultados. A Trisul divulgou faturamento preliminar de R$ 346,4 milhões no segundo trimestre, alta de 42% ante o mesmo período de 2020 e de 38% ante o primeiro trimestre deste ano. A Mitre informou R$ 211,7 milhões em vendas brutas no trimestre, alta de 304% ante 2020. E a Helbor encerrou o período com vendas de R$ 335,6 milhões, alta de 117% ante 2020. As empresas registraram um aumento significativo nos lançamentos, com alta de 113% na Helbor e de 99,8% na Mitre. Os números de empresas maiores também foram positivos. As vendas líquidas da Gafisa avançaram 39,5%, chegando a R$ 180 milhões no segundo trimestre, ante os R$ 129 milhões de 2020. Apesar do bom desempenho, os analistas avaliam que a continuidade da elevação dos juros é negativa para o setor, pois encarece e limita o acesso ao crédito imobiliário para aquisição de imóveis não subsidiados, fora do Programa Casa Verde e Amarela.

PRIVATIZAÇÃO
CPFL cresce na transmissão

A CPFL adquiriu, na sexta-feira (16), o controle da estatal gaúcha Companhia Estadual de Transmissão de Energia Elétrica (CEEE-T). Ela pagou R$ 2,67 bilhões por 66,1% das ações. A Eletrobras possui os 33,9% restantes. A empresa adquirida possui 6 mil quilômetros de linhas e é responsável pela distribuição de energia elétrica em 77% do estado. Em março, a CEEE Distribuidora (CEEE-D) foi adquirida pela Equatorial Energia e o edital para a venda da empresa de geração deve ser publicado ainda neste ano.

INFRAESTRUTURA
Rumo prepara
expansão no MT

A Rumo é a principal interessada no projeto do governo do estado do Mato Grosso (MT) de expandir a malha ferroviária estadual em 713 quilômetros, ligando Rondonópolis, no sul do Estado, à capital Cuiabá e a Lucas do Rio Verde, mais ao norte. O projeto está avaliado em R$ 12 bilhões e o concessionário poderá operar a ferrovia por 45 anos, prorrogáveis por um período semelhante. A expansão é estratégica para a Rumo, mas a empresa avalia que obter as concessões ambientais não será simples.

TELEFONIA
Oi quer dobrar receita até 2024

A Oi apresentou seu plano estratégico na segunda-feira (19). A meta é quase dobrar o faturamento, dos R$ 9,3 bilhões em 2020 para cerca de R$ 15,5 bilhões em 2024. O plano inclui tanto os negócios para pessoas físicas e pequenas empresas quanto os negócios com clientes de grande porte. Também estuda criar um marketplace para venda de produtos, telemedicina, venda de cartão de crédito e seguros.
E inclui ainda as receitas da Infra Co, companhia com participação do BTG Pactual e da Globenet Cabos.

QUEM VEM LÁ
Desktop estreia com alta de 3,2%

As ações ordinárias (ON) da provedora de internet Desktop fecharam em alta de 3,2%, negociadas a R$ 24,25 em sua abertura de capital na quarta-feira (21). Os papéis chegaram a subir mais de 9% ao longo do pregão, atingindo a cotação máxima de R$ 25,90. A companhia captou R$ 715,2 milhões e os recursos serão utilizados no crescimento orgânico, aquisições estratégicas e fortalecimento de caixa. A empresa fica em Sumaré (SP) e presta serviços de banda larga para consumidores pessoa física.

DESTAQUE NO PREGÃO
Resultado da Romi surpreende

A Indústrias Romi surpreendeu positivamente o mercado com os resultados do segundo trimestre. A empresa presidida por Luiz Cassiano Rosolen faturou, segundo resultados consolidados, R$ 351,5 milhões, alta de 79,3% em relação ao mesmo período do ano passado, e de 57,9% frente ao primeiro trimestre deste ano. O lucro líquido ajustado foi de R$ 42,8 milhões e registrou uma alta de 277% ante 2020 e de 106,4% na comparação trimestral. Sua subsidiária alemã, a Burkhardt + Weber ou BW, fechou pedidos de R$ 26,7 milhões, sinalizando uma recuperação econômica da Ásia e da Europa. No acumulado de 2021, a entrada de pedidos da BW totalizou R$ 80,2 milhões, alta de 297,6% ante 2020.

SEGUROS
IRB volta ao azul em maio

As ações da IRB Brasil RE subiram 8,5% na quarta-feira (21) após a companhia divulgar um lucro líquido de R$ 7,5 milhões no mês de maio, e um resultado positivo de R$ 9,4 milhões nos cinco primeiros meses de 2021. Para comparar, em maio de 2020 a resseguradora havia amargado um prejuízo de R$ 202,1 milhões. Nos primeiros cinco meses do ano passado, a perda foi de R$ 337,2 milhões. Além da volta ao azul, os papéis subiram devido a rumores de que o megainvestidor Luiz Barsi estaria comprando ações.