Entre 21 de agosto e 21 de setembro, o número de casos confirmados de sarampo no continente americano aumentou 32%. De acordo com boletim epidemiológico divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), nesta segunda-feira (24), o total de ocorrências da doença em 11 países da região passou de 5.004 para 6.629.

Segundo o relatório, a Venezuela permanece sendo o país com a maior incidência da doença, com 4.605 casos diagnosticados, uma quantidade 2,6 maior do que a registrada no Brasil (1.735), que aparece em segundo lugar na lista. Os dois países registraram, no período analisado, as 72 das mortes notificadas causadas pela doença, dez em território brasileiro.

Em terceiro lugar na lista está os Estados Unidos (124 casos), seguido pela Colômbia (85). Na sequência vêm Canadá (22), Peru (21), Equador (19), Argentina (11), México (5) e, empatados, Antígua e Barbuda (1) e Guatemala (1).

A quantidade de casos de sarampo confirmados nos 11 países tem aumentado progressivamente. Na primeira metade de abril, o relatório da agência da Organização das Nações Unidas (ONU) indicava um total de 385 ocorrências. No levantamento encerrado em 8 de junho, havia subido para um total de 1.685 registros. Em 20 de julho, o boletim apresentava 2.472 casos.

Além da ampliação da cobertura vacinal da população, a OMS recomenda que em países onde há surtos da doença, como é o caso do Brasil, sejam adotadas medidas para se evitar a chamada transmissão nosocomial – quando um paciente contrai uma doença durante sua estada em um estabelecimento de saúde. A orientação é de que os gestores das unidades de saúde isolem os pacientes com sarampo dos demais em salas específicas. 

O Ministério da Saúde informou que, ao ser encerrada, no último dia 14, a Campanha Nacional de Vacinação contra o Sarampo e a Poliomielite atingiu a meta estabelecida pelo governo de imunizar 95% do público-alvo da ação. A média geral de imunização contra sarampo, segundo a pasta, chegou a 95,3%, enquanto a de poliomielite foi 95,4%.