O presidente Michel Temer inaugurou nesta quarta-feira (14) a primeira fase do acelerador de partículas Sirius, que terá um tamanho similar ao do estádio do Maracanã e será usado para realizar avanços em medicina, nutrição, energia e meio ambiente.

Apresentado como a maior instalação científica do país, este acelerador de elétrons – localizado em Campinas (SP) – ajudará, por exemplo, nas pesquisas que buscam combater doenças degenerativas como Parkinson e Alzheimer.

“Sempre se diz que o Brasil é o país do futuro. Eu diria que, face a essa inauguração, o futuro já chegou”, disse Temer.

Projeto faraônico estimado em 1,8 bilhão de reais, Sirius é uma fonte de radiação síncrotron de quarta geração.

Existe outro acelerador de partículas deste tipo no mundo: o MAX IV, situado na Suécia. Similar a um estádio de futebol, Sirius ocupará uma superfície de 68.000 metros quadrados.

O síncrotron é uma fonte extremamente potente de feixes de luz produzidos pelos elétrons de alta energia que correm por um enorme anel de armazenamento. O de Sirius mede 518 metros e permitirá analisar em detalhe as micropartículas dos mais variados materiais orgânicos e inorgânicos.

Com o novo acelerador, uma pesquisa que atualmente demora dez horas usando os equipamentos mais avançados do mundo levaria apenas dez segundos, segundo o portal de notícias G1.

Além dos progressos no campo da saúde, Sirius poderá contribuir para avanços no setor de energia, como a criação de baterias de maior duração, menores e com um custo mais baixo.

Os feixes de luz começarão a circular a partir desta quarta-feira de forma experimental, mas os cientistas só poderão começar seus trabalhos no segundo semestre de 2019. Está previsto que a obra esteja completamente terminada em 2021.