Prestes a completar um ano do surgimento, o coronavírus ainda tem aspectos desconhecidos pelos cientistas, como o tempo que pode durar a imunidade do corpo ao vírus. De acordo com um novo estudo esse prazo pode ser de anos ou, talvez, décadas.

O estudo aponta que oito meses após a infecção, a maioria das pessoas que se recuperou ainda tem células imunológicas suficientes para afastar o vírus e prevenir doenças. Uma lenta taxa de declínio no curto prazo sugere, felizmente, que essas células podem persistir no corpo por muito tempo ainda.

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A pesquisa, publicada online, não foi revisada por pares ou publicada em uma revista científica. Mas é o estudo mais abrangente e de longo alcance da memória imunológica ao coronavírus até hoje.

As descobertas provavelmente serão um alívio para os especialistas preocupados com o fato de que a imunidade ao vírus pode ter vida curta e que as vacinas podem ter de ser administradas repetidamente para manter a pandemia sob controle.

Essa pesquisa está de acordo com uma descoberta recente de que sobreviventes da SARS, causada por outro coronavírus, ainda carregam certas células imunológicas importantes 17 anos após a recuperação, bem como com outras evidências encorajadoras emergindo de outros laboratórios.