O corpo de mais um brasileiro assassinado no Paraguai foi descoberto no início desta semana. Carlos Limar de Souza Lima, 38 anos, foi o quarto brasileiro morto na cidade de Pedro Juan Caballero, próxima à fronteira brasileira. A imprensa paraguaia repercute com apreensão a escalada da violência na fronteira.

“O corpo estava envolto com um cobertor, com aparelho ortodôntico, sem cabeça e com um corte profundo na altura do abdômen, além de uma nota na parte superior”, informa a rádio Ñanduti, segundo o jornal Hoy.

+ Corpo de brasileiro é achado com bilhete na fronteira do Paraguai

A rádio Ñanduti teve acesso ao bilhete deixado junto ao corpo do brasileiro: “Nois (sic) do crime estamos deixando claro que não iremos mais admitir covardias cometidas por esses justiceiros seja quem for. Ass: Crime”.

Outros três brasileiros foram assassinados no Paraguai na última semana: Rogério Laurete Buosi, 26 anos, Jorge Ortega, 28, e o ex-vereador de Ponta Porã, Joanir Subtil Viana, 53. A polícia investiga se há ligação entre os crimes e o que os motivaria – a disputa pelo controle da fronteira por grupos de narcotraficantes não é descartada.

“Aparentemente os autores seriam autodenominados ‘justiceiros da fronteira’. O Ministério Público também continua com a investigação, mas sem maiores novidades”, pontua o jornal La Nación.

Sobre o assassinato de Buosi, o jornal Crónica diz que também foi encontrado um bilhete junto ao corpo: “Não roubar na fronteira. Ass: justiceiros da fronteira”.

A polícia paraguaia investiga possíveis ligações dos brasileiros mortos com o Primeiro Comando da Capital (PCC) – a tatuagem de palhaço de Souza Lima poderia ser um indício, uma vez que esta estética representaria o assassinato de policiais e seria usada por integrantes do crime organizado.