CINGAPURA (Reuters) – As importações diárias de petróleo bruto pela China em junho caíram para o menor nível desde julho de 2018, com as refinarias antecipando que as medidas de lockdown contra a Covid-19 reduziriam a demanda, mostraram dados nesta quarta-feira.

Segundo a Administração Geral das Alfândegas, o maior comprador de petróleo do mundo importou 35,82 milhões de toneladas no mês passado, o equivalente a 8,72 milhões de barris por dia (bpd).

O volume é 11% menor do que há um ano e 19% abaixo do nível de 10,8 milhões de bpd em maio.

Considerado todo o primeiro semestre, as importações caíram 3% em relação ao mesmo período do ano passado, para 252,5 milhões de toneladas, ou cerca de 10,2 milhões de bpd. O resultado reflete os meses de medidas de controle da Covid e às restrições do governo às exportações de combustível, que limitaram a compra de petróleo.

À medida que as refinarias reduziram as importações em resposta às rígidas restrições de mobilidade para conter a propagação do coronavírus, elas evitaram especialmente suprimentos mais caros de países como Angola e Arábia Saudita e se concentraram no petróleo russo, mais barato.

A consultoria chinesa de commodities JLC estimou que as importações do primeiro semestre por pequenas refinarias independentes caíram 30% em relação ao ano anterior, para 50,12 milhões de toneladas, ou cerca de 2,02 milhões de bpd.

“Haverá alguma recuperação na demanda de importação no terceiro trimestre, à medida que as refinarias aumentarem as operações, mas os altos preços do petróleo continuarão a restringir as compras de forma geral”, disse a JLC, em nota.

(Reportagem de Chen Aizhu e Muyu Xu)

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