SÃO PAULO (Reuters) – As importações de fertilizantes pelo Brasil deverão aumentar 7,5% em 2021, enquanto as vendas no país crescerão 4,5% na esteira de uma disparada da renda agrícola, apontou nesta quinta-feira a consultoria MacroSector.

O Brasil, que importa a maior parte de seu consumo de fertilizantes, fechará o ano de 2021 com compras no exterior de 35,3 milhões de toneladas, versus 32,85 milhões de toneladas estimadas para 2020, disse a consultoria em relatório.

Já as vendas internas crescerão para um recorde de 41,65 milhões de toneladas, ante estimados 39,86 milhões no ano passado.

A expectativa da consultoria ficou um pouco abaixo da projeção de outra empresa de análises, a StoneX, que apontou na semana passada aumento para 42,3 milhões de toneladas nas entregas no país, citando uma antecipação nos negócios e fortes importações.

A produção de fertilizantes no Brasil, por sua vez, terá queda para 6,1 milhões de toneladas, versus 6,4 milhões em 2020, previu MacroSector.

O crescimento no uso de fertilizantes no Brasil está associado ao bom desempenho do setor agrícola, cuja receita foi estimada para crescer a cerca de 719 bilhões de reais em 2021, aumento de mais de 200 bilhões ante 2020, com um crescimento impulsionado pela safra de soja, além de preços melhores, apontou a MacroSector.

No caso do milho, apesar de uma produção praticamente estável, a receita deve subir para 134,8 bilhões de reais, versus 89,6 bilhões no ano passado, estimou a consultoria.

(Por Roberto Samora)

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