Um crânio alongado em forma de cone com um possível implante de metal pode representar algumas das primeiras evidências de um antigo implante cirúrgico. Ou pode ser uma farsa moderna.

O fato de o crânio, que foi doado ao Museu de Osteologia em Oklahoma City, nos EUA, ter uma forma de cone não é muito incomum, já que os peruanos nos tempos antigos eram conhecidos por apertar a cabeça das crianças com faixas durante o desenvolvimento para obter a forma distinta.

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No entanto, o implante de metal neste crânio é altamente incomum e, se autêntico, seria potencialmente um achado único do antigo mundo andino.

Além desse potencial implante, o crânio possui um orifício abaixo do metal que possivelmente foi criado por meio de trepanação. A trepanação é quando um buraco é inserido no crânio de uma pessoa na tentativa de tratar uma lesão ou condição médica, e era uma prática comum no mundo antigo.

O Museu de Osteologia, que postou várias fotos deste crânio em sua página no Facebook, disse que seus especialistas não podem verificar a autenticidade do implante de metal no momento. Um representante do museu disse à Live Science que nenhuma datação por carbono foi feita e um arqueólogo ainda precisa examiná-la de perto.

A Live Science conversou com vários estudiosos não afiliados ao museu para obter sua opinião sobre a autenticidade do implante e, no geral, suas opiniões foram mistas. Alguns ficaram céticos e sugeriram que o implante é uma falsificação, enquanto outros suspeitam que o implante possa ser verdadeiro. De qualquer forma, vários testes científicos precisarão ser feitos antes que uma determinação final possa ser feita sobre se o implante é autêntico, disseram os estudiosos.

Como a tecnologia metalúrgica variava nos Andes na época, testes no metal no crânio podem ajudar a esclarecer onde foi feito. Também seria útil fazer uma radiografia do crânio para determinar se o pedaço de metal está cobrindo um buraco de trepanação e/ou uma fratura craniana aberta.