São Paulo, 19 – O CEO da BRF, Pedro Parente, disse nesta quarta-feira, 19, que o impedimento das exportações da companhia para a Europa “trouxe problemas relevantes” aos estoques da empresa, principalmente com relação aos cortes de peito de frango. Unidades da BRF foram tiradas da lista de comércio com o mercado europeu neste ano, após investigações de fraudes envolvendo a companhia, que vieram à tona com a deflagração da Operação Trapaça, terceira etapa da Operação Carne Fraca, pela Polícia Federal.

Parente participou do Seminário INTL FCStone, na capital paulista.

“Somos uma fábrica de montagem e desmontagem de animais. Esta é uma cadeia longa e a Europa privilegia o consumo de peito. Nos vemos com um enorme estoque deste produto”, afirmou o executivo. Segundo ele, o tema é relevante porque o que está em questão não é o preço do produto e sim “o fator de vender ou não vender”. Para conter o problema, a empresa estuda a criação de novos produtos à base de peito de frango.

Parente lembrou, ainda, os fatores que afetaram negativamente o desempenho financeiro da BRF no segundo trimestre de 2018, quando a empresa amargou um prejuízo líquido de R$ 1,57 bilhão.

Além do problema com a União Europeia, ele destacou a aplicação de tarifas antidumping da China sobre o frango brasileiro e a greve dos caminhoneiros.