O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, avaliou nesta quarta-feira, 8, que o cenário global é favorável para os países emergentes, mas que essa perspectiva benigna da economia internacional “não durará para sempre”. O comentário consta da apresentação feita nesta quarta por ele durante a “XXXIII Reunião de Presidentes de Bancos Centrais da América do Sul”, em Montevidéu, no Uruguai.

Ilan do BC afirmou ainda que o Brasil está mais resiliente a choques externos e citou números recentes da economia, como os US$ 53 bilhões de superávit comercial no ano, até setembro, e as reservas internacionais acima dos US$ 380 bilhões.

Em suas considerações, Ilan Goldfajn também defendeu a importância de reformas e ajustes na economia, vistos por ele como fundamentais para o crescimento sustentável e a inflação baixa.

Além disso, Ilan retomou uma ideia que consta em suas comunicações mais recentes: a de que a reorientação da política econômica e uma posição firme da política monetária no Brasil levaram à desinflação, a taxas de juros reais (descontada a inflação) mais baixas e à recuperação econômica.

Ele disse ainda que o Brasil deve perseverar no caminho das reformas e citou, em sua apresentação, a aprovação recente de reformas no País, como a trabalhista e a da educação. Além disso, citou a aprovação do teto de gastos, as mudanças no setor de óleo e gás e destacou os anúncios recentes de privatização.

Em outro momento, Ilan Goldfajn citou medidas tomadas no âmbito da Agenda BC+: a criação da Taxa de Longo Prazo (TLP), a lei de registro de garantias, o novo marco punitivo de instituições financeiras e o cadastro positivo – neste caso, ainda em tramitação no Congresso.