SÃO PAULO (Reuters) – A produção total de milho deve alcançar 104 milhões de toneladas na temporada 2020/21 do Brasil, estimou à Reuters a consultoria IHS Markit nesta segunda-feira, ao apontar uma redução de 4,6 milhões de toneladas em relação à projeção anterior, de fevereiro, puxada pelos problemas climáticos que atingem a segunda safra.

O clima seco em regiões dos principais Estados produtores deixou o mercado apreensivo e motivou uma redução nas expectativas para a “safrinha”, disse o analista Gabriel Diniz Faleiros.

Com isso, a consultoria passou a estimar a produção da segunda safra em 79,45 milhões de toneladas, ante 85 milhões vistos em fevereiro. A estimativa para a área se manteve em 15,5 milhões de hectares.

“Estão precisando de chuvas o Mato Grosso do Sul, norte e oeste de Paraná, oeste de São Paulo, sul de Goiás e Triângulo Mineiro. São pontos de atenção em relação à precipitação para as próximas semanas”, citou.

Ele admitiu que, caso as chuvas não venham, é provável que a consultoria faça novas revisões para baixo nas estimativas.

A área total de milho também ficou estável, em 19,8 milhões de hectares, acrescentou.

(Por Nayara Figueiredo)

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