As condições econômicas teriam melhorado em todo o Brasil em fevereiro na comparação com janeiro, segundo o PMI Composto para o País, divulgado nesta quinta-feira, 7, pela IHS Markit. No segmento de serviços, um dos componentes do indicador, o bom desempenho foi puxado pelo número de novos pedidos.

Enquanto o indicador agregado passou de 52,3 pontos em janeiro para 52,6 pontos no mês passado, o segmento de serviços aumentou de 52 pontos em janeiro para 52,2 pontos em fevereiro, consolidando-se no melhor resultado em um ano. Na esteira deste movimento, as empresas contrataram. Mas o nível de contratações foi apenas o segundo maior em quatro meses.

Segundo os empresários que participaram da pesquisa, o aumento na atividade na passagem de janeiro para fevereiro resultou da demanda subjacente mais forte, da confiança no novo governo e da expectativa em relação à conquista de novos clientes.

O volume de novos negócios foi o maior desde janeiro de 2013, com desempenhos robustos das vendas, Informação e Comunicação, Finanças e Seguros e Serviços Imobiliários e Empresariais. No entanto, de acordo com eles, houve pouca ajuda do comércio internacional para o resultado do PMI Composto, com apenas um aumento marginal de novos negócios no exterior.

O sentimento empresarial na economia de serviços se fortaleceu na metade do primeiro trimestre, com cerca de 64% das empresas otimistas em relação à perspectiva para a produção nos próximos 12 meses para a produção. O grau de otimismo foi o mais elevado para os padrões históricos e o mais alto desde outubro do ano passado.

O aumento mais forte na produção do setor privado foi sustentado pelo crescimento mais rápido de novos negócios. As empresas de serviços superaram suas contrapartes de fabricação com relação à taxa de expansão nas vendas, com a retomada mais acentuada em mais de seis anos.

O PMI da Indústria subiu de 52,7 pontos em janeiro para 53,4 pontos em fevereiro. Segundo a economista da Markit, Pollyanna De Lima, como tem ocorrido desde novembro do ano passado, a indústria de manufatura foi o setor que mais contribuiu para o crescimento visto no Brasil. No entanto, a recuperação da atividade de serviços continuou a acelerar, já que as empresas experimentaram o maior aumento nas vendas por mais de seis anos.