O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) abandonou a deflação de 0,01% em setembro e subiu 0,68% em outubro, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quarta-feira (30). Em agosto, o resultado também havia sido deflacionário, de 0,67%. No ano, o indicador acumulou alta de 4,79% e em 12 meses, de 3,15% (de 3,37% no período finalizado em setembro).

O IGP-M de outubro ficou aquém da mediana da pesquisa do Projeções Broadcast, de 0,81%, encontrada a partir do intervalo de 0,50% a 1,01%. Em 12 meses, o indicador também ficou abaixo da mediana de 3,29%, mas dentro das estimativas de 3,00% a 3,49%.

Entre os componentes do IGP-M, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M) também deixou a queda de 0,09% de setembro e passou a subir 1,02% em outubro. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M), por sua vez, ampliou marginalmente a deflação, de 0,04% para 0,05%, entre os dois meses. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) teve alívio de 0,60% para 0,12% de setembro para outubro.

IPAs

A aceleração do IGP-M entre setembro e outubro é explicada pelo avanço dos preços no atacado. Assim como o IGP-M, o IPA-M deixou a deflação e avançou neste mês. Esse resultado, por sua vez, foi influenciado pelos produtos industriais medidos pelo IPA Industrial, que passaram de -0,61% para 0,98%. Já os itens agropecuários, mensurados pelo IPA Agropecuário, tiveram desaceleração no período, de 1,52% para 1,13%.

Por estágios de produção, todos mostraram avanço em outubro ante setembro. A aceleração mais relevante foi observada em Matérias-Primas Brutas que saiu de queda de 0,36% para alta de 1,72%. Esse comportamento foi influenciado por minério de ferro (-6,86% para 1,58%), milho em grão (0,38% para 8,08%) e laranja (-0,31% para 9,97%).

Em Bens Intermediários, o avanço foi de 0,22% em setembro para 1,24% em outubro, com destaque para o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cujo porcentual passou de 0,07% para 7,19%. Já os Bens Finais variaram de -0,15% para 0,17%, com contribuição principal de combustíveis para o consumo, cuja taxa passou de -2,41% para 4,36%.

Influências Individuais

Os itens que mais contribuíram para a alta do IPA-M em outubro, segundo a FGV, foram óleo diesel (3,56% para 7,04%), milho em grão, minério de ferro, gasolina automotiva (-0,07% para 6,78%) e soja em grão (apesar da desaceleração de 8,12% para 1,45%).

Já as principais influências de baixa no IPA-M foram mamão (-22,85% para -41,26%), batata inglesa (-11,52% para -13,24%), leite in natura (-0,23% para -2,14%), chocolate (-7,20% para -10,24%) e aves (apesar da queda menos intensa, de -3,04% para -1,44%).