Por Luana Maria Benedito

SÃO PAULO (Reuters) – Os preços ao produtor ampliaram suas perdas em abril e levaram o Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) a registrar taxa negativa tanto na comparação mensal quanto no acumulado em 12 meses, informou nesta segunda-feira a Fundação Getulio Vargas (FGV).

Os dados mostraram que o índice geral caiu 0,58% neste mês, depois de subir 0,05% em março. A deflação mensal foi a primeira desde novembro passado (-0,59%).

Enquanto isso, o IGP-10 passou a acumular queda em 12 meses, de 1,90%, a primeira taxa negativa desde março de 2018 (-0,02%). Até março deste ano, o índice mostrava alta de 1,12% e, nos 12 meses até abril de 2022, saltava 15,65%.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do índice geral, teve queda de 0,96% em abril, depois de recuar 0,07% no mês anterior.

“O índice ao produtor foi o único componente do IGP-10 a apresentar queda. Contribuíram para este movimento importantes commodities, como: soja (de -2,45% para -7,63%), milho (de -0,94% para -2,61%) e café (de 8,36% para -3,28%)”, explicou em nota André Braz, coordenador dos índices de preços.

Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10), que responde por 30% do índice geral, acelerou a alta para 0,57% no mês, contra alta de 0,47% em março.

“Para as famílias, o destaque foi a gasolina, que avançou 5,87%, ante alta de 2,89% na última apuração”, disse Braz.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), por sua vez subiu 0,22% em abril, acima da taxa de 0,12% no período anterior.

O IGP-10 calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência.

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