O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) recuou 1,10% em maio, após a queda de 0,76% em abril, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta terça-feira, 16. O resultado ficou dentro das projeções dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Projeções Broadcast, que esperavam uma queda entre 1,17% e 0,90%, com mediana negativa de 1,01%.

No caso dos três indicadores que compõem o IGP-10 de maio, os preços no atacado medidos pelo IPA-10 tiveram queda de 1,74% este mês, após a redução de 1,29% em abril. Os preços ao consumidor verificados pelo IPC-10 apresentaram avanço de 0,21% em maio, ante uma alta de 0,42% em abril. Já o INCC-10, que mede os preços da construção civil, teve taxa negativa de 0,02%, repetindo o resultado registrado em abril, também de -0,02%.

O IGP-10 acumula deflação de 0,81% no ano e elevação de 2,14% em 12 meses. O período de coleta de preços para o indicador de maio foi do dia 11 de março ao 10 deste mês. O IGP-DI, que apurou preços do dia 1º a 30 do mês passado, caiu 1,24%.

Grupos

Os produtos alimentícios subiram menos e ajudaram a desacelerar a inflação ao consumidor no IGP-10, segundo a FGV. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10) teve alta de 0,21% este mês, após uma elevação de 0,42% em abril. Quatro das oito classes de despesas tiveram taxas de variação menores, com destaque para o grupo Alimentação, que saiu de avanço de 0,92% em abril para crescimento de 0,23% em maio). O destaque foi o item frutas, que passou de aumento de 0,09% para queda de 4,41% no período.

Os demais resultados menores foram nos grupos Habitação (de 0,60% para 0,03%), Educação, Leitura e Recreação (de 0,22% para -0,61%) e Despesas Diversas (de 0,64% para 0,17%), sob influência de itens como tarifa de eletricidade residencial (de 2,64% para -1,13%), passagem aérea (de 6,52% para -16,73%) e cigarros (de 0,85% para 0,00%), respectivamente.

Na direção oposta, houve pressão maior dos gastos com Transportes (de -0,42% para 0,00%), Comunicação (de -0,55% para 1,12%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,84% para 1,14%) e Vestuário (de -0,27% para 0,00%).

Os itens com movimentos mais relevantes foram gasolina (de -2,03% para -1,04%), tarifa de telefone residencial (de -2,29% para -0,15%), medicamentos em geral (de 0,50% para 2,85%) e roupas (de -0,50% para 0,26%), respectivamente.

IPAs

Os preços agropecuários mensurados pelo IPA Agrícola recuaram 3,07% no atacado em maio, dentro do IGP-10. Em abril, a queda havia sido de 3,43%. Já os preços dos produtos industriais medidos pelo IPA Industrial tiveram redução de 1,27% no atacado em maio, ante redução de 0,51% em abril.

Dentro do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços dos bens finais tiveram elevação de 0,18% em maio, após a alta de 0,21% em abril.

Os preços dos bens intermediários tiveram queda de 0,38% este mês, ante recuo de 0,81% em maio. Já os preços das matérias-primas brutas apresentaram redução de 5,46% em maio, após a queda de 3,49% no mês anterior.