O iFood pretende ampliar a sua área de entregas com drones. A decisão ocorre depois que a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) concedeu nesta sexta-feira (21) a primeira autorização para entregas comerciais com drone.

A agência autorizou a fabricante Speedbird Aero a realizar entregas comerciais com drone no Brasil. Essa foi a primeira autorização concedida pela Agência para operação comercial de uma aeronave não tripulada utilizada na entrega de produtos.

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O DLV-1 NEO também é o primeiro multirrotor a receber a autorização de projeto da ANAC, o que permite que as entregas com drones se tornem uma realidade no país, para transportar alimentos e outros produtos.

A partir de agora, a Speedbird Aero poderá utilizar o drone para realizar entregas com cargas de até 2,5 kg em um raio de 3 km, inclusive em ambientes urbanos, mantendo margens de segurança estabelecidas no projeto, como não sobrevoar pessoas, manter distância de possíveis fontes de interferência eletromagnética, observar alturas máximas e mínimas de operação e as condições meteorológicas.

De acordo com a Anac, é esperado que o ganho de experiência prática e o desenvolvimento de novas ferramentas e soluções tecnológicas permitirão no futuro operações cada vez mais avançadas com menos restrições e em maior volume com manutenção de um elevado padrão de segurança operacional.

Para o superintendente de Aeronavegabilidade da Agência, Roberto José Honorato, a aprovação do DLV-1 NEO merece destaque não só por ser o primeiro multirrotor aprovado pela Anac, mas também por sua aplicação, entrega de mercadorias. “

No processo que levou a esta aprovação, as características técnicas foram exploradas, com base em requisitos de segurança. A utilização de drones para entrega de mercadorias é uma das mais esperadas aplicações da tecnologia. O Brasil está na vanguarda”, destacou.

De acordo com a Folha, o iFood afirma que iniciou o projeto de uso de drones há dois anos, com testes de viabilidade em diferentes regiões.
O primeiro certificado foi obtido em 2020 com voos experimentais em Campinas (SP). No ano passado, foi feita uma experiência em Sergipe.

Agora, a empresa começa a planejar a expansão da tecnologia para outras cidades. Por enquanto, o modelo será tratado como complementar ao trabalho dos entregadores, que vai pegar o pedido vindo por drone no droneport, no local de pouso das aeronaves e levar até o cliente.