O ministro da Economia, Paulo Guedes, pretende já no ano que vem transferir para Estados e municípios 70% dos recursos que a União arrecadar com o pré-sal. “Minha equipe vai ficar brava porque queriam o repasse maior de recursos do petróleo gradualmente, mas tem que ser agora”, afirmou, durante a Marcha dos Prefeitos, em Brasília.

O ministro disse que a exploração do petróleo trará até US$ 1 trilhão nos próximos 20 anos. Com a promessa de descentralização e maior transferência de recursos, Guedes foi aplaudido de pé ao fim de seu discurso pelos presentes, que gritaram em coro “Paulo Guedes” após a fala do ministro.

Na segunda-feira, Guedes defendeu que o repasse de recursos do pré-sal aos entes não precisaria passar pelo Congresso Nacional, mas o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu a necessidade de uma emenda constitucional para isso.

O ministro voltou a dizer que pretende criar competição na exploração de petróleo e gás e que fará um programa que representará um “choque de energia barata”. “Vamos quebrar monopólio e vamos baixar preço do gás e do petróleo com competição e redução da roubalheira”. Afirmou. “O botijão de gás chegará a casa do brasileiro com a metade do preço daqui a dois anos. Hoje o gás no Brasil é mais caro do que nos países que não têm gás por conta de monopólio.”

Guedes lembrou outra iniciativa para ajudar os Estados, o chamado “Plano Mansueto”, que ajudará entes em dificuldade dando aval para antecipar empréstimos. “Vamos ajudar governador a atravessar deserto agora, mas o futuro é o petróleo”, completou.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, participou da Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, conhecida como Marcha dos Prefeitos. Pela manhã, estiveram presentes ao evento o presidente Jair Bolsonaro e o presidente da Câmara, deputado federal Rodrigo Maia (DEM-RJ).