O clima desfavorável internamente pesa principalmente sobre o dólar e as principais taxas de juros, com a moeda norte-americana ante o real subindo na faixa de R$ 4,08. A despeito da cautela com o cenário político interno, o Ibovespa, que abriu em queda e aquém dos 90 mil pontos, passou a subir, renovando máximas, com as blue chips.

Em boa medida o ganho na B3 é influenciado pelas ações das siderúrgicas e mineradoras.

Às 11 horas, o Ibovespa avançava 0,53%, aos 90.505,69 pontos, após ter chegado à mínima aos 89.694,96 pontos. Na máxima chegou aos 90.650,97 pontos.

Apesar da abertura negativa das bolsas de Nova York, onde pesam as incertezas quanto às negociações comerciais Estados Unidos e China, o Ibovespa tenta apagar a perda da véspera, de 1,75%, aos 90.024,47 pontos, no menor nível do ano.

Lá fora, a Casa Branca anunciou em comunicado que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, adiou em 180 dias uma decisão final sobre eventuais tarifas para a importação de automóveis.

Um relatório do Departamento do Comércio de 17 de fevereiro previa uma decisão sobre o assunto até este sábado. No documento, o órgão sustentou que a importação de carros e de certas partes de automóveis representaria uma ameaça à segurança nacional do país.

Agora, Trump ganhou mais tempo para bater o martelo. Antes, porém, Lighthizer liderará as negociações com outras nações sobre o tema, determina o comunicado desta sexta-feira.

Depois de cair cerca de 3,00% ontem, os papéis da Vale ON sobem (0,62%), coincidindo com a forte valorização do minério de ferro no exterior.

Na véspera, as ações da empresa reagiram à informação sobre a deformação na estrutura na Mina de Gongo Soco, em Barão de Cocais (MG), que tem risco de rompimento.

Já CSN ON avança quase 3,5%. Conforme apurou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), a companhia começou a informar seus clientes da rede de distribuição sobre um aumento de preços entre 10% e 12,25%, para as bobinas a quente e a frio.

Os papéis da Petrobras também passaram subir, no caso da ON (0,79%), enquanto PN estava zerada. No exterior, o petróleo avança.

Às 11h17, o dólar à vista tinha alta de 1,15%, a R$ 4,0833. A taxa do contrato interfinanceiro (DI) para 2021 estava em 6,97%, igual ao visto na véspera; o DI para janeiro de 2023 exibia 8,21%, de 8,12% ontem. Já o vencimento para janeiro de 2025 estava em 8,84%, de 8,72% no ajuste anterior.