Nesta segunda-feira (30), o Ibovespa fechou com queda de 1,52%, nos 108.893,32 pontos. No entanto, o mês de novembro registrou uma alta de 15,9%, o que representa o maior crescimento mensal do índice desde março de 2016, quando subiu 17%. Além disso, é também o melhor novembro da bolsa desde 1999, quando teve uma valorização de 17,8%.

Segundo um relatório divulgado pela XP Investimentos, realizado por Fernando Ferreira, estrategista-chefe da XP Investimentos, e Marcella Ungaretti, analista ESG da XP Investimentos, o Ibovespa fechou novembro em forte alta liderados pelos setores que haviam ficado para trás esse ano, como Aéreas, Bancos e Petróleo.

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Fatores do crescimento

As eleições americanas iniciaram o período de alta, mas o principal fato do otimismo são as notícias positivas sobre as vacinas contra o Covid-19. Houve notícias sobre a eficácia das vacinas da Pfizer, Moderna e Astra Zeneca. Outro fator é que poucos governantes estão indo na linha de decretar lockdowns totais como ocorreram no inicio da pandemia, e as restrições têm sido parciais, o que reduz o impacto sobre a economia.

A expectativa de recuperação econômica em 2021, com projeção de crescimento do PIB Mundial de +5,2% pelo FMI, aliada aos novos estímulos econômicos e juros nos patamares mais baixos dos últimos 100 anos no mundo, também reforçam o otimismo dos mercados.

Se por um lado, os assessores enxergam a vacina contra o novo coronavírus e a volta à normalidade (50%) como o maior propulsor para a Bolsa em 2021 e o cenário político e fiscal no Brasil como o maior risco (85%) – o Brasil pode chegar ao fim do ano com sua dívida em um patamar equivalente a 100% do PIB.

De olho em 2021

De acordo com uma pesquisa da XP Investimentos, 25% dos assessores acreditam que o Ibovespa superará os 130.000 pontos até o fim de 2021 e 36% acredita que o índice ficará na faixa entre 120.000 e 130.000, sendo a média de palpites de 127.314 pontos.