Após quatro altas consecutivas, com as quais contabilizou ganhos acima de 3,5%, o Índice Bovespa começou a sexta-feira com desempenho fraco, sem tendência definida, dividido entre as correções de algumas ações e o bom desempenho dos papéis do setor financeiro. A abertura positiva das bolsas de Nova York não foi suficiente para sustentar um sinal positivo no mercado brasileiro nestes primeiros minutos de negociação.

Os ganhos na Bolsa brasileira são mais uma vez liderados pelas ações dos bancos, que permanecem atrativos aos investidores estrangeiros, com expectativa de melhores resultados trimestrais, com redução dos provisionamentos de risco.

Apesar das fortes altas acumuladas em outubro, esses papéis seguem “descontados” em relação ao Ibovespa, o que sinaliza que ainda há espaço significativo para recuperação.

Por outro lado, os papéis da Vale recuam, repercutindo a queda de 3,59% do minério de ferro no mercado à vista chinês, em meio à preocupação de que demanda chinesa esteja esfriando.

As ações da Petrobras também enfrentam volatilidade, à mercê do vaivém dos preços do petróleo no mercado internacional. Às 10h42, o Ibovespa tinha 101.720 pontos, em baixa de 0,19%. As units do Santander Brasil subiam 2,37%, enquanto Vale ON recuava 1,19%.

Um dos destaques da última hora foi a nota do setor externo de setembro. Após o superávit de US$ 3,721 bilhões em agosto, o resultado das transações correntes ficou novamente positivo no mês passado, em US$ 2,320 bilhões, segundo informou o Banco Central. Este é o melhor resultado para meses de setembro na série histórica do BC, iniciada em janeiro de 1995. O número de setembro ficou dentro do levantamento realizado pelo Projeções Broadcast, que tinha intervalo de superávit de US$ 0,200 bilhão a US$ 3,700 bilhões (mediana positiva de US$ 2,970 bilhões).

Já os Investimentos Diretos no País (IDP) somaram US$ 1,597 bilhão em setembro, abaixo dos US$ 6,033 bilhões registrados no mesmo período do ano passado.