O Ibovespa, principal indicador da Bolsa brasileira, operava em baixa de 2,44% aos 94.221 pontos nesta sexta-feira (30), às 14h50. Na semana, o índice já acumula queda de mais de 5%. Se seguir em queda tão acentuada, o indicador brasileiro pode ter o pior resultado semanal desde março, segundo Pedro Paulo Silveira, economista-chefe da Nova Futura Investimentos.

O resultado da B3 está alinhado com o que está acontecendo no cenário externo. É reflexo da preocupação com o aumento de casos da covid-19 na Europa e o a volta do isolamento social, eleições presidenciais norte-americanas, divulgação de indicadores brasileiros e o feriado na segunda-feira, destaca Silveira. Todos esses ingredientes formaram o caldeirão perfeito para o mercado operar na defensiva.

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Os índices das bolsas norte-americanas também recuam pressionados com os resultados da Amazon e Apple.

No Brasil, o desemprego atingiu taxa de 14,4% no trimestre encerrado em agosto, a maior marca da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua), cuja apuração iniciou em 2012.

Além disso, o déficit primário do setor público atingiu R$ 64,5 bilhões em setembro, maior patamar para um mês da série histórica iniciada em dezembro de 2001.