Embalado pelos bons resultados corporativos, no plano doméstico, e por bons ventos externos, o Ibovespa fechou em alta nesta quinta-feira, 22, pelo sétimo dia consecutivo. Na primeira etapa da sessão manteve-se no nível dos 87 mil pontos, mas isso não se sustentou à tarde. Ainda assim o índice à vista encerrou o pregão aos 86.686,44 pontos, com valorização de 0,74%, e renovando a máxima histórica pelo terceiro dia seguido.

Analistas destacam que a safra de balanços, em sua grande maioria positiva, contribui para alavancar os negócios na bolsa. “Os resultados corporativos estão bem positivos e os investidores, principalmente estrangeiros, estão olhando para este fundamento da economia brasileira e seguem comprando risco”, nota Luiz Roberto Monteiro, operador da Corretora Renascença.

O volume financeiro foi de R$ 11,13 bilhões. Segundo a B3, em fevereiro, o fluxo de não-residentes segue negativo, em R$ 3,9 bilhões. Mas, no ano, o saldo está positivo em R$ 5,6 bilhões.

De acordo com Rodrigo Martins, economista da AQ3 Asset Management, a sessão de negócios foi influenciada pelo rescaldo da divulgação da ata do Comitê de Política Monetária do Federal Reserve (Fed), com os investidores divergindo sobre a mensagem da autoridade monetária a respeito do número de altas da taxa básica de juros nos Estados Unidos.

Ainda entre os motivos que sustentaram o bom desempenho do índice está a alta relevante das cotações do petróleo no mercado internacional, após divulgação de queda de estoques e produção acima das estimativas em território americano.

Entre as blue chips, o Banco do Brasil foi destaque de alta, em resposta a um balanço superior às expectativas. Os papéis ON do banco passaram o dia com ganhos acima de 3%, fechando a 3,11%. As ações da Petrobras também apresentaram alta relevante de 2,99% (ON) e 2,42% (PN).