SÃO PAULO (Reuters) – O Ibovespa tinha pouca variação nesta quarta-feira, pressionado por Petrobras, apesar de os índices em Wall Street e na Europa terem acelerado ao longo da manhã e dos avanços de Vale e bancos.

Às 12:19 (de Brasília), o Ibovespa tinha oscilação positiva de 0,03%, a 108.409,09 pontos. O índice alcançou 108.863,44 pontos na máxima do dia, enquanto na mínima foi a 107.914,01 pontos. O volume financeiro era de 6,9 bilhões de reais.

“A gente veio de alguns movimentos bastante agudos nos mercados de títulos globais, é natural algum tipo de indefinição” do Ibovespa, disse André Perfeito, economista-chefe da Necton.

Em Wall Street, os principais índices subiam após abertura próxima da estabilidade. Uma trégua no avanço dos Treasuries de dez anos, o que torna a renda variável mais atrativa, contrapunha os temores de recessão econômica, reiterados por notícia de que a Apple engavetou planos de aumentar produção do iPhone. Investidores também mantinham-se atentos a declarações de membros do Federal Reserve.

O índice pan-europeu STOXX 600 tinha leve alta, depois de chegar a cair forte mais cedo, tendo devolvido as perdas após o BC britânico anunciar ação no mercado de títulos, em meio à contínua preocupação com o plano de ordem fiscal do país. Além disso, autoridades do banco central da zona do euro colocaram nesta quarta-feira uma alta de 0,75 ponto percentual dos juros em outubro como possibilidade.

“Como (índices dos) EUA melhoraram é possível recuperação aqui, mas volatilidade vai seguir ao longo do dia em todas as praças”, disse Pedro Galdi, analista da Mirae Asset Corretora.

Depois de pesquisa do Ipec na segunda-feira, levantamento do instituto Quaest para a Genial Investimentos também apontou nesta quarta possibilidade de Lula encerrar a disputa presidencial no domingo, elegendo-se em primeiro turno.

Na busca de impedir que isso ocorra, o atual mandatário e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), fará campanha no litoral paulista. Lula não tem compromissos oficiais de campanha previstos para o dia.

DESTAQUES

– PETROBRAS PN caía 1,6%, a 29,19 reais, reduzindo perdas mais fortes de mais cedo. O petróleo Brent esticava alta para cerca de 2,1% no exterior com cortes de produção causados pelo furacão Ian e surpreendente queda nos estoques dos Estados Unidos. A estatal assinou contrato para construção de nova plataforma para o campo de Búzios e anunciou redução nos preços de venda de querosene de aviação. PRIO ON subia 3,4% e 3R PETROLEUM ON avançava 1,5%.

– VALE ON subia 0,5%, a 68,03 reais, após três sssões de queda, ainda que os contratos de minério de ferro na Ásia tenham recuado. Na Bolsa de Cingapura, o contrato de outubro mais ativo do ingrediente siderúrgico caiu 2%, a 95,15 dólares a tonelada.

– CYRELA ON tinha alta de 5,9%, a 17,02 reais, após analistas do Itaú BBA elevarem a recomendação do papel a “outperform”. O relatório menciona fatores macroeconômicos positivos que vale para outras ações do setor, mas os analisas dizem que só elevaram Cyrela, por enquanto, por ser mais líquida. Ainda assim, EZTEC ON avançava 3,8% e MRV ON ganhava 4,8%.

– SABESP ON disparava 5,7%, a 46,14 reais, após cinco recuos nas últimas seis sessões, período no qual o papel acumulou queda de 9,3%.

– ITAÚ UNIBANCO PN aumentava 1,3%, a 27,90 reais, enquanto BRADESCO PN exibia alta de 1,5%, após três sessões consecutivas de queda para ambos os papéis. O estoque total de crédito no Brasil subiu 1,6% em agosto sobre julho, disse o BC nesta manhã.

– SULAMÉRICA UNIT perdia 2% a 22,84 reais, enquanto REDE D’OR cedia 0,5%. As empresas estão em processo de combinação de negócios.

– MARFRIG ON reduzia 2,7%, a 10,29 reais, MINERVA ON cedia 2,8% e JBS ON tinha queda de 1,8%.

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