Nos últimos 2 meses, a bolsa brasileira acumulou perdas de R$ 437,3 bilhões em valor de mercado. A desvalorização está acontecendo desde que o Ibovespa, principal índice da B3, atingiu a máxima depois do início da pandemia, em 29 de julho.

De acordo com relatório da Economatica, divulgados pela Exame, a incerteza da recuperação econômica é um dos fatores para essa desvalorização. Algumas corretoras estavam otimistas com a possibilidade de retomada do Ibovespa. Mas, atualmente, o índice tem 10,36% de desvalorização acumulada.

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Na contramão, as bolsas internacionais vivem momentos mais promissores. O índice americano S&P 500 acumula alta de 2,46%, e o Nasdaq, de 3,46%, nesse período a partir do final de julho. O índice alemão DAX e o pan-europeu Stoxx também subiram 1,98% e 4,53%, respectivamente.

Ontem (28), em Live da IstoÉ Dinheiro, Diretor do Asa Investments e ex-secretário do Tesouro Nacional, Carlos Kawall, afirmou que o momento é de cautela para o mercado que pode adiar os seus planos de investimentos ou o lançamento do seu IPO (Oferta Pública Inicial, na sigla em inglês), por exemplo.

“Dada a incerteza política e a recaída populista do governo é um momento de cautela para o investidor. Se o governo se voltar ao discurso das reformas e âncora fiscal podemos ver uma melhora no cenário de investimentos”, explica Kawall.