O principal índice da B3, o Ibovespa, abriu as negociações desta quarta-feira (1) em queda e às 10h40 registrava baixa de 3,73%, aos 70.299 pontos.

Os movimentos da Bolsa nesta quarta refletem as incertezas causadas pelo coronavírus no mundo. Já são mais de 877 mil infectados em todo o planeta, sendo 43,5 mil mortos. Os Estados Unidos concentram o maior número de casos, com 189 mil infectados e a Casa Branca já projeta entre 100 mil e 240 mil mortes.

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Ontem (31), o presidente Donald Trump alertou que o país passará por semanas “muito duras”. O primeiro trimestre foi o pior da história nas bolsas norte-americanas, com o índice Dow Jones registrando perdas de 23%.

Apesar disso, o setor privado nos EUA cortou 27 mil empregos, valor menor que o esperado pelo mercado, que projetava pelos menos 125 mil postos de trabalho cortados. Novos dados serão divulgados até sexta-feira (3).

No Brasil, a produção industrial subiu 0,5% em fevereiro, acima do projetado por analistas. A expectativa era de que houvesse queda entre 1,7% a avanço de 0,3%, com mediana negativa de 0,4%. Na comparação com o mesmo período de 2019, a produção caiu 0,4%, dado superior a projeção inicial, que indicava retração de 2,4% na atividade.

Com o resultado de fevereiro, a indústria acumula queda de 0,6% em 2020.

Enquanto isso, o presidente Jair Bolsonaro oscila entre baixar o tom das críticas ao coronavírus e atacar prefeitos e governadores. Em pronunciamento ontem, Bolsonaro disse que a doença é o maior desafio desta geração e que sua missão é salvar vidas, “sem deixar para trás os empregos”.

Hoje pela manhã, o presidente voltou a disparar. Ele publicou um vídeo de um homem que apontava o desabastecimento no Ceasa de Belo Horizonte e criticava uso político dos governadores durante a crise para se projetarem. Bolsonaro indicou que o vídeo é prova de “fatos e realidade que devem ser mostradas”. “Depois da destruição não interessa mostrar culpados”, atacou.