Conhecer bem os problemas da cidade e ter visão de futuro são as principais características esperadas pelos paulistanos para o próximo prefeito de São Paulo. Ser novo na política ou seguir uma religião não são prioridades para os eleitores, segundo pesquisa Ibope encomendada pela organização não-governamental Rede Nossa São Paulo. O levantamento ouviu 800 paulistanos no mês passado.

Além do conhecimento dos problemas da metrópole (63%) e da visão de futuro (55%), outras características vistas como importantes pelos eleitores de São Paulo são ter experiência administrativa (39%), saber trabalhar em equipe (39%) e ser trabalhador (38%).

Apesar dos altos índices de renovação no Congresso nas últimas eleições, a pesquisa indica que o paulistano não deve escolher um outsider. Ser um nome novo da política foi a característica menos apontada pelos paulistanos, 5%. A identificação com partido (7%) ou ter uma religião (8%) também ficaram no fim de prioridades.

Para o cargo de vereador, as preferências são similares. As duas características mais esperadas em um legislador municipal seguem a mesma ordem: conhecer bem os problemas da cidade (49%) e ter visão de futuro (43%). Na pauta de costumes, além da religião, a pesquisa perguntou sobre a importância de preservar os valores familiares. Este fator foi apontado por 28% dos entrevistados como essencial para candidatos a prefeito.

A pesquisa também questionou se os paulistanos lembram do candidato a vereador em que votaram nas últimas eleições, em 2016. Quase dois terços, 63%, responderam que não. O índice, no entanto, está estável com relação a 2018, quando 64% disseram que não se recordam do voto para vereador.

Covas

A opinião dos moradores sobre a administração municipal também foi medida. A gestão do prefeito Bruno Covas (PSDB) foi considerada ruim ou péssima por 35%, e ótima ou boa por 18%. Em relação à pesquisa feita um ano antes, houve aumento de três pontos porcentuais na avaliação positiva e queda de cinco pontos na negativa.

A Rede Nossa São Paulo se descreve como uma organização da sociedade civil que busca articular instituições públicas e privadas em torno de uma agenda que deixe a cidade mais “justa, democrática e sustentável”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.