A IBM pode revolucionar seu modelo de negócios com a compra da Red Hat. Esta é a leitura que insiders do mercado de tecnologia fazem do anúncio da compra do serviço de open source pela veterana do mundo da tecnologia. A intenção de compra foi anunciada nesta segunda-feira (29), e se espera que a IBM pague US$ 34 milhões na transação.

A Red Hat é a maior empresa do mundo de código aberto. Especializada no sistema operacional Linux, ela oferece serviços de armazenamento, plataformas de sistemas operacionais, aplicações, produtos de gerenciamento e serviços de suporte, treinamento e consultoria. Além disso, eles tem um forte ativismo em relação a programas open source, tendo adquirido diversos softwares fechados e aberto seus códigos.

Com a aquisição, a IBM pretende entrar de cabeça no universos dos serviços de nuvem – aqueles que estão e funcionam exclusivamente na internet, como Netflix, Dropbox e Google Drive. “A aquisição é uma virada de jogo. Muda tudo no mercado de serviços via nuvem”, declarou o chefe da IBM em comunicado, Ginni Rometty.

As duas companhias já concordaram em realizar o negócio. Agora, a questão está pendente de aprovação entre seus acionistas e órgãos reguladores americanos, que consideram o negócio a aquisição mais significante da indústria de tecnologia em 2018. É esperado que o acordo se concretize na segunda metade de 2019.

Com a aquisição da Red Hat, a IBM pretende criar um mecanismo para aumentar a velocidade de transmissão de dados via nuvem, hoje uma questão entre os serviços desta natureza. Com isso, a intenção da fusão é criar uma funcionalidade potente o suficiente para ser usada por suas concorrentes, como Amazon, Microsoft e Google.