Apesar do recuo nas vendas na passagem de setembro para outubro, o avanço no volume vendido acumulado em 12 meses mostra que permanece a tendência de recuperação do varejo, segundo Isabella Nunes, gerente na Coordenação de Serviços e Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A alta de 0,3% nas vendas do varejo em 12 meses até outubro interrompeu uma sequência de 29 meses de taxas negativas. No varejo ampliado, que inclui as atividades de veículos e material de construção, o crescimento de 1,4% deu fim a uma sequência de 37 meses de quedas, de acordo com os dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC).

“Os sinais de recuperação são claros pela taxa em 12 meses”, disse Isabella. “O varejo mostrou um ritmo menor em outubro, mas esse ritmo menor não impediu a tendência de recuperação das vendas em 12 meses”, completou.

A pesquisadora apontou como benéficos ao consumo das famílias a melhora nas condições de financiamento, o arrefecimento da inflação e o aumento da massa de salários em circulação na economia em relação a um ano antes. Ela pondera, porém, que a taxa de desemprego permanece ainda muito elevada.

As vendas no varejo estão 9,7% abaixo do patamar mais alto alcançado em novembro de 2014. No varejo ampliado, o volume vendido opera 16,5% inferior ao pico registrado em agosto de 2012.