A alta de 1,4% na produção industrial em janeiro ante janeiro de 2016 interrompeu uma sequência de 34 meses consecutivos de quedas, segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta quarta-feira, 8.

O último resultado positivo tinha sido registrado em fevereiro de 2014, quando a produção avançou 4,8% na comparação com o mesmo mês do ano anterior. O crescimento de janeiro de 2017 foi ainda o mais elevado para o mês desde 2013, quando a indústria teve expansão de 6,5%.

Bens de capital

A produção da indústria de bens de capital caiu 4,1% em janeiro ante dezembro de 2016, informou o IBGE. Na comparação com janeiro de 2016, o indicador mostrou avanço de 3,3%. Os dados fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF). No acumulado em 12 meses, houve redução de 7,9% na produção de bens de capital.

Em relação aos bens de consumo, a pesquisa registrou alta de 0,3% na passagem de dezembro para janeiro. Na comparação com janeiro de 2016, houve avanço de 2,3%. No acumulado em 12 meses, a produção caiu 4,8%.

Na categoria de bens de consumo duráveis, o mês de janeiro foi de redução de 7,3% ante dezembro e alta de 3,2% em relação a janeiro de 2016. Entre os semiduráveis e os não duráveis, houve crescimento na produção de 3,1% em janeiro ante dezembro e elevação de 2,1% na comparação com janeiro do ano passado.

Para os bens intermediários, o IBGE informou que o indicador teve alta de 0,7% em janeiro ante dezembro. Em relação a janeiro do ano passado, houve aumento de 0,8%. No acumulado em 12 meses, ainda há queda de 5,5%. O índice de Média Móvel Trimestral da indústria apontou avanço de 0,9% em janeiro.

Revisões

O IBGE revisou o dado da produção industrial do mês de dezembro de 2016 ante novembro do mesmo ano de 2,3% para 2,4%. Houve revisão ainda na produção de bens de capital no período, que passou de -3,2% para -3,8%.

O instituto revisou também a produção de bens de consumo duráveis em dezembro ante novembro, que saiu de 6,5% para 7,4%, enquanto a taxa dos bens de consumo semi e não duráveis passou de 4,1% para 4,2%.