Após recuar 0,98% em fevereiro (dado revisado), a economia brasileira teve nova baixa em março deste ano. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) recuou 0,28% em março ante fevereiro, na série com ajuste sazonal, informou na manhã desta quarta-feira, 15, a instituição.

O índice de atividade calculado pelo BC passou de 137,07 pontos para 136,68 pontos na série dessazonalizada no período. Este é o menor patamar para o IBC-Br com ajuste desde maio do ano passado (133,21 pontos).

A baixa do IBC-Br veio perto da mediana do intervalo projetado pelos analistas do mercado financeiro consultados pelo Broadcast Projeções, que esperavam resultado entre recuo de 1,00% e zero (mediana de -0,30%).

Na comparação entre os meses de março de 2019 e março de 2018, houve queda de 2,52% na série sem ajustes sazonais. Esta série encerrou com o IBC-Br em 137,90 pontos em março, ante 141,47 pontos de março do ano passado.

O indicador de março de 2019 ante o mesmo mês de 2018 mostrou desempenho pior que o apontado pela mediana (-2,30%) das previsões de analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Broadcast Projeções (-3,20% a -0,30% de intervalo). O patamar de 137,90 pontos é o menor para meses de março desde 2009 (127,81 pontos).

Conhecido como uma espécie de “prévia do BC para o PIB”, o IBC-Br serve mais precisamente como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses.

Na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada nesta terça-feira, 14, o BC já havia afirmado que os “indicadores disponíveis sugerem probabilidade relevante de que o PIB tenha recuado ligeiramente no primeiro trimestre do ano, na comparação com o trimestre anterior”.

A previsão atual do BC para a atividade doméstica em 2019 é de avanço de 2,0%, mas é muito provável que essa estimativa seja revisada para baixo no próximo Relatório Trimestral de Inflação (RTI), em junho. A expectativa do mercado para o PIB deste ano recuou pelo 11ª semana consecutiva e passou de 1,49% para 1,45%, conforme o Relatório de Mercado Focus publicado na última Segunda-feira (13). Há quatro semanas, a estimativa de crescimento era de 1,95%.