O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), indicador mensal que é considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), subiu 1,04% em janeiro em comparação com dezembro de 2020, informou o BC na segunda-feira (15). Na comparação com janeiro de 2020, o IBC-Br caiu 0,46% e, no acumulado em 12 meses, recuou 4,04%. A alta de janeiro não é motivo para comemoração. Os dados se referem apenas ao primeiro mês do ano e não consideram o agravamento da pandemia em fevereiro e em março. Nesses meses, o aumento do número de casos elevou muito a incerteza em relação à saúde e à atividade econômica. Para conter o número de vítimas, diversos estados e municípios adotaram medidas mais rígidas de isolamento, o que deverá afetar a atividade econômica.

Combustíveis puxam inflação

O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) subiu 2,99% em março, em linha com os 2,97% de fevereiro. Com esse resultado, o índice acumula alta de 7,47% no ano e de 31,16% em 12 meses, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) na terça-feira (16). Para comparar, em março de 2020 a variação do IGP-10 havia sido de 0,64%. Nos 12 meses até março de 2020 o índice acumulava elevação de 6,59% em 12 meses. Segundo a FGV, os aumentos da gasolina e do óleo diesel nas refinarias pressionaram o índice. Os preços da gasolina subiram 23,04% e os do diesel avançaram 22,06% em março. No levantamento anterior, a gasolina havia subido 12,68% e o diesel, 5,56%. Com isso, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 3,69% em março ante 3,90% em fevereiro. A inflação do atacado começa a chegar ao varejo. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,71% em março, mais que o dobro dos 0,35% de fevereiro. E o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 1,96% em março ante 0,98% em fevereiro.

Mais empregos

A economia brasileira abriu 260.233 vagas de emprego formal em janeiro, acima das 142.690 vagas criadas em dezembro. Foram 1,527 milhão de contratações e 1,267 milhão de demissões no primeiro mês de 2021, segundo o balanço do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado na terça-feira (16) pelo Ministério da Economia. O saldo é o melhor da série histórica para o mês de janeiro. Como resultado, o total de empregos formais no Brasil chegou a 39,62 milhões em janeiro, crescimento de 0,66% em relação a dezembro. No caso de empregos com regime de tempo parcial, cuja duração não excede 30 horas semanais, o total de vagas encolheu 610, com 15,8 mil admissões e 16,4 mil desligamentos.