Até os mais desatentos conseguem notar que o meio ambiente não é uma prioridade do governo de Jair Bolsonaro. O descaso, personificado pela figura do ministro Ricardo Salles, também incide no desmonte do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Um exemplo disso é de que o órgão deixou de realizar 22% das operações de fiscalização ambiental previstas pelo Plano Nacional Anual de Proteção Ambiental (Pnapa) até agosto deste ano. Segundo números obtidos pelo GLOBO, foram planejadas 837 ações para os oito primeiros meses do ano. Contudo, 183 delas não foram realizadas. Em abril, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) reduziu o orçamento do Ibama em 31%, de R$ 368,3 milhões para R$ 279,4 milhões. Com o contingenciamento, o órgão encontra dificuldades para realizar operações contra o desmatamento, garimpos e pescas irregulares.

(Nota publicada na Edição 1138 da Revista Dinheiro)