A Iata afirmou nesta terça-feira que o risco de contrair a COVID-19 em um avião é baixo e que não haverá necessidade de deixar metade dos assentos vazios quando a atividade da companhia aérea voltar.

A organização, Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata), apoia o uso de máscaras, tanto pelos passageiros quanto pela tripulação, no entanto, observou que não concorda com as medidas de distância física impostas, por exemplo, deixar o assento central vazio em uma fileira de três lugares.

Deixar esses assentos vazios causaria “aumentos dramáticos nos custos”, disse a Iata em comunicado, alertando que as companhias aéreas podem deixar de manter essa medida, pois não poderão se recuperar dos problemas financeiros causados pela pandemia.

A indústria da aviação sofreu um grande golpe com o coronavírus, sendo bastante afetada por medidas de contenção e restrições de viagens.

De acordo com a Iata, até agora as evidências mostraram que o risco de transmissão do coronavírus em um avião já é baixo.

Uma das razões desse baixo risco se daria porque os passageiros estão voltados para a frente, com mínima interação cara a cara com o próximo passageiro, enquanto os assentos são uma barreira ‘per se’ para quem viaja à frente.

Além disso, o fluxo de ar que circula do teto para baixo reduz o risco de contágio e “não favorece a condensação de quedas de água”, como em ambientes internos normais.

Ao mesmo tempo, os filtros de High Efficiency Particulate Air (HEPA) limpam constantemente o ar nas cabines de aeronaves modernas, deixando-o no mesmo nível que o de uma sala de operações de um hospital, de acordo com a Iata.

Além de usar máscaras faciais a bordo, medidas circunstanciais para reduzir o risco de contágio incluem o controle da temperatura dos passageiros, trabalhadores do aeroporto e tripulações, além de limitar os movimentos dentro da cabine durante o voo.

Medidas de limpeza mais frequentes e profundas são consideradas, além de procedimentos de embarque e desembarque que reduzem o contato entre os viajantes.

Certificados de imunidade e teste do coronavírus também podem ser incluídos em um protocolo ao longo do tempo.