Em sua primeira análise dos impactos que o surto de coronavírus terá na aviação mundial, a Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata, na sigla em inglês), estima que a demanda de passageiros por voos na região da Ásia/Pacífico deve cair 13% no fim de 2020, o que impactaria US$ 27,8 bilhões em receitas para as empresas que atuam na região.

Para empresas fora da região, a entidade estima um impacto nas receitas de aproximadamente US$ 1,5 bilhão, “assumindo que a perda em demanda se restrinja em mercados ligados à China”.

As projeções iniciais de RPK (demanda) da Iata para 2020, antes do surto, estavam em crescimento de 4,1% e agora foram revisadas para contração de 0,6% por conta do vírus.

“Esses são tempos desafiadores para a indústria de transporte aéreo mundial, parar a disseminação do vírus é a prioridade máxima”, diz Alexandre de Juniac, diretor-geral e CEO da Iata. “As companhias aéreas estão seguindo as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e outras autoridades de saúde pública pelo mundo.”

Assumindo que a epidemia fique contida na China, a Iata espera uma recuperação rápida – em até seis meses – dos serviços após o fim do surto.