Militares dos EUA testam IA que prevê o futuro. A ideia é que consigam detectar eventos com dias de antecedência e, para isso, utilizam dados de diferentes fontes (sensores, satélites, radares, dentre outros).

Este cenário pode ser associado ao filme ‘Minority Report’, que apresenta uma proposta bastante semelhante com o que estão realizando. Denominado de ‘Global Information Dominance Experiments (GIDE), o projeto se baseia na computação em nuvem, que armazena grande quantidade de dados do mundo inteiro.

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Glen D. VanHerck, chefe do Comando Norte dos Estados Unidos, explicou em uma coletiva mais detalhes sobre essa IA que prevê o futuro. Conforme disse, o projeto “incorpora uma mudança fundamental na maneira como usamos informações e dados para aumentar o espaço. Processo de tomada de decisão, do tático ao estratégico nível”.

O objetivo é um só: conseguir antecipar os movimentos potencialmente ‘inimigos’ do planeta e da população, com tempo suficiente para não sermos pegos de surpresa. “As ameaças que enfrentamos e o ritmo das mudanças no ambiente geoestratégico continuam avançando a um ritmo verdadeiramente alarmante, sendo assim, pretendemos acompanhar isso com a IA que prevê o futuro”, disse o general durante a coletiva de imprensa de 28 de julho.

O Pentágono acabou de concluir uma terceira série de testes e o GIDE em breve iniciará a etapa de número quatro. Os envolvidos no projeto não revelaram muitas informações, mas conforme VanHerck aponta, os dados já existem e a IA que prevê o futuro só irá torna-los mais acessíveis. “Eles os processam muito rapidamente e os fornecem aos tomadores de decisão, o que chamo de superioridade na tomada de decisões”, acrescenta.

O sistema permite alertar as autoridades em tempo real quando algo ruim está prestes a acontecer, por exemplo, a Inteligência Artificial vai identificar muitos eventos. De acordo com o disseram, a IA pode “repentinamente ver um aumento na atividade no estacionamento de uma base militar ou estação de pesquisa. Um evento considerado digno de interesse, que o sistema fará referência cruzada com outros dados relevantes, como imagens de satélite. A IA que prevê o futuro permite que os líderes examinem a situação em mais detalhes e determinem se há ou não necessidade de responder”.

“Pegamos sensores de todo o mundo, não apenas sensores militares, mas informações disponíveis comercialmente, e os usamos para o conhecimento do campo”, diz VanHerck. “A capacidade de ver os dias pela frente cria um espaço de decisão”, ou seja, estaremos preparados para tudo de ruim que possa prejudicar nossas vidas.