A companhia vai emitir 1,1 milhão de papéis a R$ 1 mil cada, totalizando R$ 1,1 bilhão. Os pequenos investidores serão chamados a participar desse lançamento. E quem comprar um pacote com duas debêntures ganha um brinde, um bônus de subscrição, que dará o direito de comprar 34 ações a R$ 29,48 cada.

 

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Coutinho, do BNDES: participação na Hypermarcas

 

 

O objetivo da Hypermarcas é reforçar o caixa e pagar uma de suas recentes aquisições, a da marca NeoQuímica. Boa parte do lote, algo entre 20% e 30% ficará com um atacadista de renome: a BNDESPar, empresa de participações do banco chefiado por Luciano Coutinho. Segundo os especialistas, há uma boa possibilidade de que as cotações caiam logo após a operação. “A conversão pode ser rápida, o que vai resultar em uma pressão de venda”, diz Ricardo Martins, da Planner. Com mais de 100 marcas para administrar, a empresa quer manter o caixa cheio para engordar, ainda mais, sua lista de produtos. O apetite é grande, mas o investidor tem de ficar atento aos resultados. As compras sucessivas têm prejudicado o desempenho da empresa, que mostrou um resultado abaixo do esperado no segundo trimestre de 2010. 

 

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Destaque no pregão


Lançamentos da PDG somam R$ 2 bi no trimestre

 

A incorporadora PDG Realty anunciou que as vendas contratadas no terceiro trimestre de 2010 cresceram 39%, para R$ 1,8 bilhão. Os lançamentos avançaram um pouco menos, mas ainda assim atingiram R$ 2 bilhões, alta expressiva de 35%. Desse total, 63% foram destinados ao segmento econômico. Outros 19% foram para o segmento de média renda, com preços até R$ 500 mil. No acumulado do ano, o número de lançamentos cresceu 80% na comparação com 2009.

 

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Palavra de analista

 

A PDG Realty já completou quase 70% da meta de lançamentos de R$ 7 bilhões divulgada para 2010. “É bastante provável que a companhia entregue os 30% previstos para o último trimestre, que costuma ser o mais forte para o setor”, diz Armando Halfeld, analista da Ativa Corretora. Ele recomenda a compra das ações e calcula um preço-alvo de R$ 25,43 por ação, uma valorização potencial de 21% até o fim do ano.

 

 

Telecom


Embratel paga R$ 3,3 bilhões pela Net

 

Em leilão realizado na BM&FBovespa na quinta-feira 7, a Embratel comprou 143,85 milhões de ações preferenciais da Net, a R$ 23 cada – 0,6% acima do fechamento do dia, de R$ 22,86. Para pagar a conta, a Net emitirá R$ 3,5 bilhões em debêntures em duas séries com prazos de três e quatro anos. Com a aquisição de 72% das ações em circulação, a Embratel aumenta sua participação na empresa para 85% do total da companhia presidida por José Félix. O bilionário mexicano Carlos Slim adquire uma posição relevante no controle da empresa.

 

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Educação financeira

 

Ensinar a investir a partir das experiências reais de pessoas comuns que ganharam dinheiro no mercado. Esse é o objetivo do livro Casos de Sucesso no Mercado de Ações (192 páginas, R$ 49,90), de Geraldo Soares, diretor de relações com investidores do Itaú Unibanco. 

 

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Quem vem lá


HRT pode captar até R$ 3 bi

 

A HRT Participações em Petróleo divulgou na quinta-feira 7 os detalhes de sua emissão de ações. O lançamento poderá levantar até R$ 2,97 bilhões, considerando o valor máximo previsto e a utilização total dos lotes adicional e suplementar. O lote inicial será composto de 1,7 milhão de ações, sendo 1,6 milhão na oferta primária e 100 mil na oferta secundária. As ações serão negociadas no Novo Mercado sob o código HRTP3 a partir de 25 de outubro e a faixa de preço estimada no prospecto é de R$ 1.050 a 

R$ 1.350 por ação. Os investidores interessados podem fazer suas reservas entre 14 e 20 de outubro.

 

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Fique de olho: A HRT foi criada em 2008 e tem direitos de exploração em 21 blocos na bacia do Solimões, na Amazônia

 

 

Touro x urso

 

A queda de 8,4% nas ações ON da Petrobras entre a segunda e a quinta-feiras da semana passada pressionou para baixo a média do mercado. O Ibovespa, principal indicador da BM&FBovespa, caiu 0,44%, depois de passar vários dias no azul. Ainda há muitas dúvidas com relação à estatal. Na terça-feira 5, a Itaú Corretora reduziu em 29% o preço justo para as ações no fim de 2011. Para a instituição, com o aumento de capital, a Petrobras ficou mais cara que outras empresas do setor. Nesta semana, os investidores continuam atentos ao desempenho da estatal. Entre os indicadores americanos, dados de inflação ao consumidor e vendas no varejo são esperados na sexta-feira 15. No Brasil, não há pregão no dia 12 por conta do feriado de Nossa Senhora de Aparecida. 

 

 

Maiores altas da semana

 

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Maiores baixas da semana

 

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As 10 mais negociadas do Ibo­ves­pa

 

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Desempenho das empresas por setor de atividade econômica

 

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Termômetro do mercado

 

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Bolsa no mundo

 

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Fundos

 

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Ledergerber: animação com as projeções

 

“O mercado no brasil não é eficiente”

 

Ineficiência gera oportunidades de mercado e, no Brasil, ainda há muitas oportunidades a ser exploradas. Essa é a avaliação de Aurélio Ledergerber, diretor para a América Latina da Man Group,  uma das principais gestoras de investimentos alternativos do mundo, com US$ 42 bilhões de ativos sob gestão. No início deste ano, ela lançou  um fundo quantitativo – em que as decisões de investimentos são baseadas em fórmulas matemáticas operadas por computador – o Man AHL Alpha FIM, que já captou R$ 58 milhões. A vantagem desse fundo é que ele não depende das oscilações de mercado. O robô compra e vende ações conforme as regras determinadas pela equipe de gestão. O Índice Bovespa subiu 2,85% no ano e o fundo ganhou 12%. Em visita ao Brasil, ele conversou com a DINHEIRO sobre suas expectativas para o País. 

 

DINHEIRO – Que oportunidades de investimento o Brasil apresenta?

AURÉLIO LEDERGERBER – Em comparação com os mercados internacionais, o Brasil é um país de volatilidade elevada e pouca eficiência de mercado. Ainda há pouca transparência nas informações em geral, pois a difusão de notícias é mais eficiente no Exterior. Essa situação amplia as oportunidades de arbitragem e lucro.

 

 

DINHEIRO – Como vocês pretendem ampliar sua atuação aqui?

LEDERGERBER – Vamos elevar os recursos do nosso fundo para

R$ 400 milhões e depois vamos buscar outras oportunidades. Pensamos em lançar novos produtos em parceria com gestores locais. 

 

DINHEIRO – Os brasileiros estão mais dispostos a aplicar em fundos quantitativos? 

LEDERGERBER – O investidor brasileiro é mais sofisticado que seus vizinhos e entende melhor o que é ter uma carteira diversificada. Os fundos quantitativos ainda são complexos para o varejo e a falta de correlação do fundo com os índices de mercado causa uma certa confusão.

 

DINHEIRO – Como os gestores internacionais veem o Brasil?

LEDERGERBER – Há dois aspectos. No lado positivo, eles estão animados com o bom comportamento na crise de 2008 e com as perspectivas para os próximos anos. No lado negativo, o mercado considera o país muito dependente das exportações de commodities e de mercados como China e Índia. Expectativas sobre o crescimento interno e a formação de uma nova classe média vão reduzir a dependência externa. 

 

DINHEIRO – Os fundos quantitativos têm sido muito criticados por sua atuação na crise. Essas críticas afetam a Man?

LEDERGERBER – Não. A indústria de fundos quantitativos é heterogênea e possui diferentes estratégias. Nosso fundo não é de alta frequência e suas posições duram semanas ou meses.

 

 

Pelo mundo

 

Atrás das grades

 

Jerome Kerviel, ex-operador do francês Société Générale, foi condenado a devolver E 4,9 bilhões à empresa. O valor corresponde ao prejuízo que ele provocou ao banco por ter assumido posições financeiras especulativas com operações fictícias, em um escândalo que veio à tona em 2008. Kerviel também foi condenado a três anos de prisão, mas pode recorrer.

 

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Bug na Microsoft

 

A ação da Microsoft caiu 1,92% na segunda-feira 4 em Wall Street depois que o Goldman Sachs reduziu sua recomendação para “neutra”. Em relatório, a instituição receia uma recuperação lenta nas vendas de computadores e a ameaça dos tablets que não usam o sistema Windows. O banco reduziu sua previsão para as ações de US$ 32 para US$ 28.

 

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Aquisição da GE naufraga

 

A General Electric (GE) informou que ofereceu US$ 1,2 bilhão para comprar a empresa britânica de serviços petroleiros Wellstream. A proposta da companhia presidida por Jeffrey Immelt foi recusada. Há rumores de que a maior companhia de serviços petrolíferos da Europa, a italiana Saipem, está disputando a Wellstream.

 

Com Márcio Kroehn e Juliana Schincariol