O horário de verão está com os dias contados. Adotado pela primeira vez em 1931, para economizar energia elétrica nos meses mais quentes do ano, foi incorporado pouco a pouco à rotina dos brasileiros – ao menos para os habitantes das regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste. Em meados de outubro, os moradores desses lugares adiantavam os relógios em uma hora e só voltavam a acertar os ponteiros em fevereiro do ano seguinte. Após 35 anos ininterruptos, o horário de verão não será mais aplicado no Brasil. A decisão do presidente Jair Bolsonaro (PSL) tem como base estudos do Ministério de Minas e Energia (MME). Chegou-se a conclusão que a medida para controle de gastos deixou de ser eficaz. Entre 2013 e 2016, a economia gerada no País caiu de R$ 405 milhões para R$ 159,5 milhões. As mudanças no consumo foram as principais responsáveis por isso. Hoje, mais pessoas e empresas utilizam aparelhos de ar-condicionado ao longo do dia, o que eleva o consumo de energia. No entanto, o término do horário especial deve ser prejudicial para bares, restaurantes e empresas de turismo, que se beneficiavam com o dia mais “esticado”.

(Nota publicada na Edição 1116 da Revista Dinheiro)