Ami, n’entre pas sans désir. Em tradução livre, “amigo, não entre sem vontade”. A frase está gravada no salão do bar Le Jardin e serve de alerta a quem vai na direção do lobby do hotel Rosewood São Paulo. É, na verdade, um verso do poeta Paul Valéry e foi escolhido pelo empresário francês Alex Allard como uma lembrança da vontade necessária para erguer o empreendimento de luxo que o trouxe ao Brasil. Allard dedicou os últimos dez anos à reforma de um conjunto de edifícios tombados na região da Avenida Paulista, em São Paulo. No terreno de 27 mil m2 que um dia abrigou o Hospital Umberto I, surgiram as construções que agora integram o complexo de luxo Cidade Matarazzo, no qual foram investidos R$ 2,7 bilhões. O lugar tem tudo para virar “o” endereço da cidade nesta temporada. E nas próximas.

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Uma das razões para isso é o hotel que abre as portas para o público na segunda-feira (10). Depois de a inauguração ter sido adiada três vezes, o primeiro empreendimento da bandeira Rosewood na América do Sul surge nesse espaço com a ambição de transformar a hospitalidade no País. “Queremos trazer ao brasileiro um orgulho de pertencer a essa história”, disse Edouard Grosmangin, diretor da operação. O hotel será posto à prova com os 46 quartos cujas diárias variam entre R$ 2,8 mil e R$ 7 mil. Em breve, o Rosewood irá inaugurar a Torre Mata Atlântica, uma paisagem verde que avança até 100 metros acima da maternidade Matarazzo, convertida em hotel.

Pronto, o prédio do arquiteto Jean Nouvel terá mais 114 acomodações para hospedagem e 100 suítes residenciais, além de uma cobertura que ocupará três andares do edifício. Os imóveis estão sendo negociados por volta de R$ 60 mil o m2 (o triplo do valor médio na região).

ARTE A filosofia no Cidade Matarazzo é de conexão do luxo com a identidade brasileira. A ideia se traduz nos ambientes internos pela coleção de 450 obras de artistas nacionais, com mobiliários de Sérgio Rodrigues, Irmãos Campana e Jader Almeida, além de peças de Vik Muniz e Artur Lescher. As acomodações no Rosewood são revestidas em matéria-prima nacional, reforçando o conceito defendido pelos franceses no projeto de que “cada detalhe pertence ao Brasil”, disse Grosmangin.

Já a cena gastronômica no complexo terá o Le Jardin, e os bares Blaise e Rabo di Galo, em funcionamento. O restaurante Taraz, o Emerald Garden e o Belavista abrem as portas ainda neste trimestre. Opções para todos os gostos, numa síntese do alto luxo paulistano.

detalhes Obras de 57 artistas nacionais renomados, incluindo Irmãos Campana e Vik Muniz, decoram os espaços do hotelDivulgaçãodetalhes Obras de 57 artistas nacionais renomados, incluindo Irmãos Campana e Vik Muniz, decoram os espaços do hotel